Friday, December 21, 2007

Milicias no Rio de Janeiro

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1402294-5606,00.html

28/12/2006 - 16h33m - Atualizado em 28/12/2006 - 20h19m
ENTENDA COMO FUNCIONAM AS MILÍCIAS NAS FAVELAS DO RIO

Uma pesquisa da Prefeitura do Rio mostra que em pelo menos 90 favelas
da cidade grupos armados cobram dinheiro dos moradores para manter a
ordem.

As quadrilhas são chamadas de milícias. Nesses locais, em vez do
policiamento oficial, policiais militares, policiais civis, e até
bombeiros - da ativa ou aposentados - ditam as regras e castigam quem
sai da linha de comportamento traçada por eles.

O estudo descreve ainda que bandidos conquistam a confiança das
comunidades expulsando traficantes para criar uma sensação de
segurança. Em seguida, as milícias passam a cobrar taxas e a exigir
participação nos lucros de negócios ilegais, como transmissão
irregular de TV a cabo e exploração de vans clandestinas.

Esse tipo de crime se espalha rapidamente por área carentes do Rio,
segundo as investigações. O avanço das milícias ilegais começou na
Zona Oeste, em comunidades pobres como a de Rio das Pedras. Chegou ao
subúrbio e hoje as quadrilhas agem até na Ilha do Governador.

As investigações feitas pela Prefeitura do Rio descrevem como os
bandidos conquistam a confiança das comunidades. Primeiro, eles
afugentam os traficantes, criando sensação de segurança entre os
moradores. Em seguida, as milícias passam a cobrar taxas e a exigir
participação nos lucros de negócios ilegais, como na transmissão
irregular de TV a cabo e na exploração de vans clandestinas que fazem
o transporte de passageiros na região.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou
que a participação de policiais nas milícias está sendo investigada. A
secretaria informou ainda que, até o momento, não reuniu provas que
confirmem o envolvimento de policiais. O futuro secretário de
Segurança, José Mariano Beltrame, disse que só vai se pronunciar sobre
o assunto quando assumir o cargo. No dia em que foi indicado para o
cargo, Beltrame condenou as milícias e disse que, se houver policiais
envolvidos, eles serão afastados.


http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1402535-5606,00.html
28/12/2006 - 20h00m - Atualizado em 29/12/2006 - 00h51m
RIO DE JANEIRO VIVE QUINTA-FEIRA DE TERROR COM 18 MORTOS
Criminosos atacaram ônibus, delegacias, postos e carros da PM.
Sete passageiros morreram no incêndio de um ônibus.

O Rio de Janeiro buscar viveu um dia de terror nesta quinta-feira
(28). Em ações coordenadas, criminosos atacaram ônibus, delegacias e
postos da Polícia Militar na cidade. Foram 16 ataques, em menos de 24
horas. Doze ônibus foram incendiados. Ao todo, 18 pessoas morreram -
nove civis, dois policiais e sete suspeitos. Trinta e duas ficaram
feridas. Clique aqui para ver o site do RJTV

A cidade acordou com tiros buscar na madrugada. Gravações da polícia
mostram os primeiros sinais da onda de violência: "28ª DP sendo
atacada! E a 6ª DP já foi atacada, hein! Todas as delegacias do Rio,
queiram ficar atentas, com armamento na mão". Em vários pontos da
cidade, da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense, o terror
estava presente.

Saiba mais:
Veja as fotos do conflito
Polícia abre inquérito para investigar onda de violência
Autoridades divergem sobre motivos dos ataques criminosos
Modelo tem 40% do corpo queimado em ação dos bandidos
Moradores de Bangu relatam momentos tensos no calçadão
Violência assusta mais turistas do que cariocas

Zona Sul:
Na Lagoa, um policial militar foi morto dentro de um carro da corporação.
Em Botafogo, uma cabine da PM foi atacada. Uma mulher, atingida por um
tiro, morreu. Uma criança e um policial militar ficaram feridos.

Centro do Rio:
Bandidos dispararam contra a delegacia da Cidade Nova.
Na Avenida Perimetral, outro carro da PM atacado.

Zona Norte:
Nem a Delegacia de Repressão à Entorpecentes escapou dos tiros das
quadrilhas.
No Alto da Boa Vista, uma cabine da PM foi alvo dos criminosos. Um
policial foi ferido.
Na Auto-Estrada Grajaú-Jacarepaguá, mais uma cabine da polícia foi
metralhada.

Zona Oeste:
Na Barra da Tijuca, um carro da PM foi atacado. Um policial e um
bandido morreram. Um outro PM ficou ferido.
Em Jacarepaguá, um carro da polícia foi incendiado.
Em Bangu, três ônibus foram incendiados.

Subúrbio do Rio:
Em Campinho, bandidos atiraram na delegacia do bairro. Um homem que
prestava queixa foi atingido e morreu.
Em Cordovil, dois ônibus foram incendiados na Avenida Brasil. Um deles
levava passageiros do Espírito Santo para São Paulo. Sete pessoas
morreram queimadas, 19 ficaram feridas. Entre as vítimas está a modelo
Bia Furtado, de 29 anos.
Em Madureira, um grupo atacou a 29ª DP. Num outro ponto do bairro, uma
granada foi jogada num carro da Polícia Militar.
Em Del Castilho, o ataque foi a uma cabine da polícia em frente a um
shopping center.
Em Vicente de Carvalho, mais uma ação contra uma cabine da PM, também
num shopping.

Baixada Fluminense:
Em Mesquita, um posto da PM foi alvo de tiros. E, à tarde, um ônibus
foi incendiado.

Região Metropolitana:
Em Itaboraí, uma bomba de fabricação artesanal foi atirada numa
agência da Caixa Econômica Federal. E uma outra, num restaurante
popular. Um homem foi morto por policiais. Outras duas bombas foram
encontradas com ele.
Em Niterói, mais um ônibus foi queimado.

O medo de novos ataques deixou a população assustada. Às 14h30, no
Largo da Taquara, na Zona Oeste, muitos comerciantes fecharam as
portas por causa de boatos de mais ações criminosas. "Vem arrastão,
não vem, o pessoal com medo fecha as portas e prejudica o comércio",
diz uma mulher.

No Centro, várias empresas, inclusive a Petrobras, liberaram os
funcionários mais cedo. A Prefeitura de Niterói também decidiu
antecipar o fim do expediente.

A onda de violência levou a polícia a ocupar 12 favelas do Rio. Mas as
autoridades não informaram os locais por medida de segurança.

O governo do estado afirmou que desde quarta-feira (27) à noite vem
tomando providencias para conter a ação dos bandidos nas ruas e evitar
rebeliões em cadeias. A Polícia Militar informou que já reforçou o
patrulhamento a partir desta noite. Haverá reforço no número de homens
em todos os batalhões do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo,
Itaboraí e na Baixada Fluminense.

Os policiais vão estar de prontidão nos quartéis e em operações em
pontos considerados estratégicos. O policiamento vai se manter em
alerta máximo até que os órgãos de inteligência da Secretaria de
Segurança informem que o risco de novos ataques diminuiu.

Até o início da noite, não havia informações sobre novos ataques na
cidade.


http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1402378-5606,00.html
28/12/2006 - 17h16m - Atualizado em 28/12/2006 - 20h36m
SÉRGIO CABRAL DIZ QUE VAI COMBATER AS MILÍCIAS
Governador eleito anunciou uma parceria com a prefeitura do Rio.
Cabral: união permitiria triplicar o número de polícias nas ruas.

Após reunião com secretários do governo na tarde desta quinta-feira
(28), o governador eleito Sérgio Cabral explicou que irá combater as
milícias que estão dominando 90 favelas da região metropolitana do
Rio. Cabral também se solidarizou com as vítimas dos ataques
criminosos que já mataram 18 pessoas na Região Metropolitana do Rio
nesta quinta.

"Tudo que é ilegal não deve ser de maneira alguma pactuado por governo
algum. O tráfico é ilegal e deve ser combatido. Se a milícia
estabelece um governo paralelo, deve ser combatida também. Quando o
poder público permite o nascimento, a permanência e o crescimento da
ilegalidade, seja ela qual for, alguma coisa está errada. Temos que
trabalhar sempre com a legalidade. Custe o que custar. Não podemos
terceirizar para ninguém a ordem pública", afirmou Cabral.

O governador eleito anunciou uma parceria com a Prefeitura do Rio,
acertada em reunião com o prefeito Cesar Maia, para estabelecer um
novo turno de trabalho dos policiais a partir de 8 de janeiro. Segundo
Cabral, essa união, somada à divisão da fiscalização do trânsito na
cidade, vai permitir triplicar o número de polícias nas ruas. A
prefeitura vai colaborar para o pagamento dos policiais que fizerem o
turno extra.

Com relação à ajuda federal, Cabral explicou que o futuro secretário
de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, fez contato com o
secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, além
de ele mesmo já ter falado com o ministro das Relações Institucionais,
Tarso Genro. O governador disse que não terá nenhuma dúvida em pedir
auxílio das tropas federais se achar necessário.

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,AA1402640-5606,00.html
28/12/2006 - 21h34m - Atualizado em 28/12/2006 - 22h00m
MORADORES DE BANGU RELATAM OS MOMENTOS TENSOS NO CALÇADÃO
Lojas funcionaram com as portas abertas pela metade.
Comerciantes receberam telefonemas pedindo que fechassem.

Foto:
Após madrugada violenta, Bangu sofre ameaça de arrastão

Em Bangu, Zona Oeste do Rio, um dos bairros onde ocorreram atos
violentos, muitos moradores estão assustados. No calçadão de Bangu as
lojas funcionaram durante toda a tarde com as portas abertas pela
metade. "A gente está com medo. Toda hora abre e fecha a porta.
Qualquer ação estranha a gente fica assustada. Todo momento fica
olhando para os lados, com apreensão. Hoje eu ia sair do trabalho e
comprar algumas coisas e desisti. Vou direto para casa", contou a
atendente de um restaurante da região, Priscila Maia, de 23 anos na
tarde desta quinta-feira (28).

Leia violência assusta mais turistas do que cariocas.

A vendedora e auxiliar de loja, Vanessa Honorato, de 25 anos, que
trabalha em uma loja de calçados em Bangu disse que várias lojas da
região receberam telefonemas anônimos pedindo para que fechassem as
portas. Um PM teria ido pessoalmente a loja em que trabalha para
avisar que ficassem em alerta para um possível arrastão. "Os ferros da
porta já estão prontos para a qualquer momento ela ser fechada. Está
todo mundo comentando, olhando para os lados. Os clientes que entram
dizem que têm que ser rápidos, por causa do medo de um outro arrastão
ou tiroteio", dizia ela quando foi interrompida por uma multidão que
entra na loja gritando "arrastão, arrastão, corre para o estoque da loja".

Correria e histeria
Clientes e lojistas correram às pressas para o estoque da loja,
localizado no segundo andar. Rapidamente as portas do estabelecimento
foram fechadas e ninguém podia entrar ou sair. Os celulares não
pararam de tocar e as pessoas gritavam e choravam muito. O medo de um
tiroteio e de uma possível invasão à loja era explícito. As vendedoras
diziam que não tinham recebido qualquer telefonema ameaçador,
diferentemente das lojas vizinhas que fecharam as portas antes das
18h, quando o normal seria às 20h.

Um grupo de pessoas, ainda não identificadas, teria espalhado uma
fumaça escura e gritado "arrastão, arrastão", no calçadão de Bangu.
Uma vendedora também teria visto pessoas vestidas como civis apontando
armas contra Policiais Militares. Muito assustada, ela repetia sem
parar que nunca tinha visto algo assim: "Isso é muito assustador. Eu
estou com medo. Eu quero ir para casa", pedia ela que não conseguia
falar com a mãe pelo celular.

Do lado de fora da loja, minutos antes do arrastão, a atendente de
restaurante Elizana Gomes, 24 anos, comentou sobre a falta de
policiamento no local: "O pior de tudo ainda é a pouca segurança. Tem
meia dúzia de PMs aqui no calçadão de Bangu. Se acontece um arrastão,
não teria segurança nem para eles, nem para gente".

Sem se importar com isso, os irmãos Péricles e Rafael Kwasinsky, de 22
e 24 anos, ambos moradores de Bangu, disseram que não vão mudar sua
rotina por causa da violência e dos ataques dos criminosos. "Acho que
o governo está começando a se mexer e isso está revoltando o crime
organizado", diz Péricles. Rafael completa "Sinceramente, para mim
esta violência não mudou nada. A gente está meio que acostumado. Vou
continuar a fazer as mesmas coisas de sempre".


http://www.comunidadesegura.org/?q=en/node/31512
Security in Rio de Janeiro
18/01/2007 - 14:55 | email this page | Português | Español | printer
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From December 28 to the 30th, 2006, a series of attacks in several
spots of Rio de Janeiro, from the South Zone to the Baixada Fluminense
left 19 people dead and 25 wounded. Criminals set buses afire; machine
gunned Military Police patrol posts and attacked police headquarters
with gunfire and grenades. Although the main target was the police, an
interstate bus was set afire with passengers inside, leaving 7 people
dead and many wounded. It is suspected that the order for these
actions initiated in the Bangu prison compound.

The wave of violence preceded the change of state government on
January 1st. Authorities gave two versions of the attacks' motives:
the criminals' fear of possible changes in the state penitentiary
administration and the drug traffickers' reaction to the presence in
several of Rio's favelas of paramilitary Militias, groups composed of
both on and off-duty military and civil police officers, firemen and
soldiers of the Armed Forces who, in non-official actions, oppress the
drug trafficking in those communities.

In view of the crisis, the new governor Sérgio Cabral Filho, solicited
the Federal Government to dispatch troops from the Public Security
National Forces and the Armed Forces, a measure that caused
controversy among specialists in the area of security. Another step
taken by the state government, this time in partnership with the
governors of the other states in the Southeast region (São Paulo,
Minas Gerais and Espírito Santo), was the creation of the Cabinet of
Integrated Action in the Southeast a sort of administration committee
for public safety of the region.

Violence in Rio de Janeiro is not a novelty and has been the object of
academic studies for nearly a decade. The content of this dossier,
frequently updated, contributes to a better understanding of this
complex question.

Children of the Drug Trade- a case study of children in organized
armed violence in Rio de Janeiro

Luke Dowdney, Viva Rio, 2003

Book


Available in Portuguese at the Comunidad Segura Virtual Library:

Mapeamento da vitimização de Policiais no Rio de Janeiro

Jacqueline Muniz e Barbara Musumeci, Cesec, 1998

Relatório de pesquisa

"Ser Policial é, Sobretudo, uma Razão de Ser": cultura e cotidiano da
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Jacqueline Muniz, Iuperj, 1999

Tese de Doutorado

Avaliando o Sentimento de Insegurança nos bairros da Cidade do Rio de
Janeiro

Renato Coelho Dirk, Andréia Soares Pinto e Ana Luísa Vieira de
Azevedo, Anpocs, 2004
Relatório de Pesquisa

Violência, Criminalidade e Segurança – Relatório de desenvolvimento
humano sustentável local da cidade do Rio de Janeiro

Leonarda Musumeci, Cesec, 2001

Relatório de Pesquisa

Nem Soldados, Nem Inocentes: jovens e tráfico de drogas no município
do Rio de Janeiro

Marcelo Rasga Moreira, Fiocruz, 2000

Dissertação de Mestrado

Relatório Rio: violência policial e insegurança pública

Diogo Azevedo Lyra, Marcelo Freixo, Marie-Eve Sylvestre e Renata
Verônica Côrtes de Lira; Centro de Justiça Global, 2004

Read Further (related materials available in Portuguese):

Onda de ataques no Rio teria sido reação às milícias

(O Globo, 05/01/2007)

Estudo investiga solidariedade e cidadania nas favelas do Rio

(Boletim da FAPERJ, 29/12/2006)

Atuação das milícias divide especialistas no Rio de Janeiro

(O Estado de S.Paulo, 08/01/2007)

Milícias e violência no Rio de Janeiro

Artigo de Gláucio Soares

Blog Conjuntura Criminal

'O que coíbe o crime é a certeza da punição', diz especialista

(BBC Brasil, 03/01/2007)

Roberto Aguiar: falta vontade política e preparo da polícia

(09/01/2007, Agência UnB)

Updated sources in Portuguese

[Image]

Articles

Rio's wave of attacks - a few notes

by Jacqueline Muniz e Domício Proença Jr.

News

Militias dispute control with the drug trade in Rio

Teenage exiles in Rio de Janeiro

The police we want

Dossiers

São Paulo: Crime and Prevention

http://www.comunidadesegura.org/?q=pt/node/31173
O Rio entre traficantes e milícias
08/12/2006 - 11:13 | comente | enviar por e-mail | English | Español
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Aline Gatto Boueri e Marina Lemle

[Image]Já oprimidas pela disputa entre traficantes de facções
diferentes, comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro agora temem
as conseqüências do crescimento de um poder extra-oficial que, segundo
moradores e líderes comunitários, vem se instalando nas comunidades
localizadas entre o aeroporto internacional, o Engenho de Dentro e
Jacarepaguá, onde ocorrerá grande parte das provas dos Jogos
Pan-americanos. São grupos paramilitares formados por policiais,
reformados ou não, e integrantes de órgãos de segurança, como corpo de
bombeiros, guardas penitenciários, Forças Armadas e até empresas de
segurança privada, que, em nome da garantia da paz durante o Pan,
invadem as comunidades fortemente armados e fazem com que os
traficantes recuem, impondo um novo poder. Segundo fontes locais, os
grupos têm nomes como Galácticos e MIB (em referência ao filme Homens
de Preto – Men in Black).

O próprio prefeito César Maia já admitiu a existência do que chamou de
"Autodefesas Comunitárias" ("ADC") e seu êxito na repressão ao tráfico
nas favelas -, de acordo com nota publicada semana passada na coluna
de Ancelmo Góis, em O Globo. Essas "milícias", como vêm sendo tratadas
por pesquisadores, instituem um poder paralelo que inclui o controle
sobre atividades como o transporte alternativo (vans, kombis e
mototaxis) e o "net-cat", isto é, a central de distribuição de pontos
ilegais de TV a cabo ("gatos"). Os grupos cobram taxas de segurança de
moradores e pequenos comerciantes e chegam a controlar associações de
moradores.

A denúncia é confirmada por Jailson de Souza e Silva, coordenador do
Observatório das Favelas e fundador do Centro de Estudos e Ações
Solidárias da Maré (Ceasm). Em palestras realizadas no Rio de Janeiro
na semana passada, ele disse que comunidades como Marcílio Dias,
Roquete Pinto e Ramos já foram ocupadas, sem que a Polícia
interferisse. "A situação é gravíssima. A população está envolvida num
quadro de guerra.", afirma Souza, que é professor da UFF e da PUC-Rio.
Segundo o pesquisador, no Complexo da Maré, onde a associação de
moradores reporta periodicamente suas queixas ao comando policial
local, a PM não está se articulando para evitar possíveis conflitos
armados.

De acordo com o coronel Aristeu Leonardo Tavares, relações públicas da
PM, a polícia trata a questão com o mesmo rigor com que trata o
tráfico. "Estamos agindo com os integrantes das milícias da mesma
maneira que agimos com os traficantes", declara. "Em três comunidades
onde recebemos denúncias da presença de milícias aparentemente
armadas, aumentamos o policiamento e acionamos o serviço de inteligência."

Jailson de Souza explica que as milícias são diferentes da chamada
"polícia mineira", pois se organizam do lado de fora da comunidade e
tomam o território, enquanto a polícia mineira é formada em grande
parte por policiais moradores das comunidades que, mesmo estabelecendo
relações tirânicas com os demais moradores, ainda têm algum grau de
afeto com o lugar. A expressão "mineira" tem o sentido de garimpo, já
que está associada a práticas de extorsão.

[Image]Apesar de fontes ligadas à polícia e a comunidades afirmarem
haver um financiamento volumoso das milícias pela Prefeitura, Jailson
de Souza considera esta acusação leviana. "O que pode ocorrer é que
associações controladas pelas milícias tenham parcerias estabelecidas
com a Prefeitura, como acontece em Rio das Pedras, onde o comando
dessas milícias tem um caráter mais ligado à comunidade", explica.

Para o coronel Leonardo, o trabalho de investigação da PM diz respeito
apenas às denúncias de envolvimento de membros da corporação na
formação e atuação desses grupos armados. "No que concerne a polícia
militar, que é o pretenso envolvimento de PMs, instauramos três
procedimentos investigativos para averiguar a veracidade das
denúncias", disse. De acordo com o coronel, as milícias, assim como
todo crime, devem ser investigadas pela Polícia Judiciária.

De acordo com Carlos Costa, coordenador de ações comunitárias na
Rocinha, onde mora, a ação das milícias é uma força-tarefa para evitar
que, durante o Pan, ocorram confrontos com vitimização nas
comunidades. Com as ocupações e a saída aparente dos traficantes
armados e das drogas do cenário, instala-se nas comunidades um
sentimento momentâneo de paz, porém os moradores temem confrontos
futuros, com a volta dos traficantes. "A população é coadjuvante, uma
mera espectadora na situação", diz Costa. A ação das milícias
combinada a um reforço do policiamento ostensivo no asfalto reduziria
a violência visível, o que seria bom para a imagem do poder público.

Jaílson de Souza afirmou que, no Complexo da Maré, traficantes da Nova
Holanda e da Baixa do Sapateiro, pertencentes a facções rivais, já
acenam a possibilidade de união contra a chegada das milícias armadas.
Em outras comunidades, como Vigário Geral e Parada de Lucas, os
traficantes fizeram acordo de paz para proteger a atividade do tráfico
contra a chegada das milícias, afirmam lideranças locais. Na região,
já não acontecem mais execuções: os gerentes locais do tráfico julgam
e punem os crimes de acordo com o código penal oficial. A estratégia
funcionaria para garantir que os soldados do tráfico se sintam mais
seguros com seus líderes do que com a milícia e que a comunidade seja
mais simpática aos comandos do que às milícias.

Para o tenente-coronel Antonio Carlos Carballo, da PMERJ, o avanço das
milícias reproduz e reforça a omissão e a permissividade do poder
público local. "Ao longo das últimas décadas, esses espaços
geográficos denominados favelas foram abandonados, permitindo a
ocupação desordenada do solo, o comércio informal e a exploração
irregular de atividades e serviços considerados de interesse público,
como o transporte", destaca.

O mau exemplo colombiano

Para o antropólogo Rubem Cesar Fernandes, diretor executivo do Viva
Rio, as milícias paralelas são um sintoma da incapacidade do sistema
de segurança pública garantir a universalidade das leis, sobretudo nas
comunidades pobres. "As milícias paramilitares multiplicam-se por
diversos países da América Latina, criando poderes paralelos, fora da
ordem democrática. Parecem resolver um problema imediato, do domínio
territorial pelos criminosos. Mas criam um novo problema, a tirania de
grupos locais. É assim no Haiti, na Colômbia e em alguns países da
América Central. É uma tendência crescente, fruto da fragilidade do
Estado de Direito em nossas sociedades", afirma.

Segundo Rubem César, as conseqüências são chacinas como a da Baixada
Fluminense e os domínios sobre negócios semi-clandestinos, como os
transportes público-privados ou as especulações imobiliárias através
das ocupações, "o arrendamento da cidade". "É o colapso da democracia
no nível local, do bairro em que a gente vive", atesta.


A pesquisadora Marianna Olinger, recém-chegada da Colômbia, onde
trabalhou para a Organização dos Estados Americanos como observadora
dos acordos de paz firmados entre o governo Colombiano e as
"Autodefesas Unidas de Colômbia" (AUC) - os grupos paramilitares
daquele país – teme as conseqüências da tolerância do Estado com as
milícias armadas. "Apesar de a Colômbia ser conhecida pelos níveis de
violência gerados pelos guerrilheiros das FARC ou o narcotráfico,
especialmente na década de 80, com Pablo Escobar, o que pouco se fala
é que o país teve seu pior momento em termos de violência letal
justamente no período áureo de domínio paramilitar, entre 2001 e
2003", alerta.

Marianna questiona se é esse o modelo de segurança que se quer para o
Rio. "Queremos ser julgados e estar sob o poder de forças totalmente à
margem da lei? Será que o exemplo da Baixada Fluminense não é
suficiente para nos alertar dos nefastos resultados do `empoderamento'
de grupos que dizem proteger os cidadãos de bem, mas que ao fim e ao
cabo se tornam uma espécie de ditadura da moral e dos bons costumes às
avessas?", enfatiza.

A pesquisadora identifica dois pontos em comum entre os paramilitares
do Rio e da Colômbia: a sua aceitação como solução para segurança em
comunidades oprimidas pelo tráfico e a conivência do poder público,
seja através da "vista grossa" ou do suposto financiamento
propriamente dito. Entre as conseqüências, estão as expulsões de
pessoas de suas comunidades, gerando um grande número de refugiados
internos e o aumento de outros tipos de crime, como roubos e seqüestros.

Veja também:

Dossiê "Milícias, ameaça paramilitar"
[Image]
Comentários

milicias

Vivo na Colombia a varios anos e o que estao fazendo as milicias esta
correto sigam adiante. Adelante sempre asta el ultimo hombre.
carlos augusto lauret monclar (não verificado(a)) Dom, 08/04/2007 -
12:34 | responder | enviar por e-mail | |
Milícias

Sou psicóloga, servidora pública, trabalhando há quase 15 anos dentro
do sistema de justiça do Rio. Recentemente recebi um telefonema de uma
mãe me solicitando auxílio pois queria, pelo menos, recuperar o corpo
de seu filho para enterrar. O adolescente de 17 anos havia sido
barbaramente torturado e queimado vivo dentro de uma favela. Dezenas
de outros casos semelhantes guardo no meu repertório. Há casos de
jovens que tiveram seus membros decepados e largados ao léu e, após
sangrarem até a morte, tiveram seus restos desaparecidos. Um certo
caso que até hoje não me sai da memória foi de uma adolescente.
Dependente de drogas, após certo tempo "cuidada" por diversas ONGs,
foi levada, estuprada por um grupo grande, queimada e seu corpo
atirado em um rio. Isso aconteceu após inúmeras tentativas de se
buscar formas de proteção para essa menina. Em comum nesses casos está
o fato de os protagonistas serem jovens pobres, desprovidos de
direitos básicos como saúde, moradia e educação.Como moradia todos têm
um unico referencial: a favela. Esta foi dominada por traficantes que
impõem esse terror. Não há poder formal, institucional que tenha
conseguido fazer frente às barbáries produzidas por esses grupos, em
sua maioria também formados por adolescentes. Conceitos como direitos,
sociedade democrática, cidadania e tantos outros soam apenas
acadêmicos numa realidade onde a própria Academia é acusada de
produzir saberes que fogem ao alcance dos mortais ou da própria
realidade. Existe um cotidiano que são os barracos surgindo a cada
esquina todos os dias com a conivência do poder público. Morar é
necessidade básica mas o Estado ( de Direito- e conduzido por muitos
críticos e dirigentes de ONGs)nâo apresenta uma política de habitação
para os mais pobres. Esses mais pobres, que já nascem com uma grande
defasagem porque muitos, antes de nascerem, nem passaram por um
pré-natal, são mantidos dentro do circulo da miséria porque, de cada
10 Reais destinados às políticas sociais apenas 1(um) Real chega até
eles. Os 9 restantes ficam com ONGs ( de sociólogos, antropólogos...),
malufs e tantos outros que fazem parte do topo da cadeia alimentar.
Portanto, quando olho para a situação das milícias, entendo que é uma
resposta de um setor de uma sociedade que apresenta um padrão
distorcido em suas ações. Todos os dias os grupos criminosos praticam
as piores barbáries nessas comunidades mas ninguém sai em defesa
delas. Famílias inteiras são expulsas todos os dias de suas casas
muitas indo compor a população de rua que aumenta vertiginosamente.
Para finalizar, certa vez, diante de mortes violentas como as
relatadas acima, conseguimos trazer para uma reunião com familiares
das vítimas um coordenador de um grupo de direitos humanos na
esperança de se conseguir um aliado. As mães( como sempre elas)
fizeram seus relatos brutais com pedido de ajuda para enfrentar as
ações dos traficantes. Ouvimos como resposta que não podia fazer nada.
E completou dizendo que se fossem policiais ele poderia ajudar mas,
como eram denúncias contra o tráfico, ele não podia fazer nada.
Ana Cristina Lacerda (não verificado(a)) Ter, 19/12/2006 - 12:57 |
responder | enviar por e-mail | |
D4

Inacreditável a posição condescendente do Cesar Maia. Foi assim que
Napoleão perdeu a guerra...
Paula Bianca (não verificado(a)) Qua, 13/12/2006 - 21:21 | responder |
enviar por e-mail | |

http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_84140.asp
24/2/2007 21:52:00

Nova guerra no Rio: uma disputa milionária

Grupos rivais de milicianos ambicionam controle sobre uma fortuna
arrecadada nas favelas com taxas de segurança clandestina. Em 35
comunidades, lucros ultrapassam R$ 5 milhões

Aluizio Freire

Rio - Um ingrediente de alta combustão alimenta a guerra das milícias
na disputa por territórios. Segundo estimativa parcial feita por
integrantes da Subsecretaria de Inteligência (SSI), com base em
levantamento do Gabinete Militar da Prefeitura, que identificou 92
favelas ocupadas por milicianos, paramilitares já faturam mais de R$ 5
milhões por mês em 35 comunidades, que dispõem de dados estatísticos
mais consistentes. O valor arrecadado pode ser ainda maior, já que a
projeção não contempla outros ganhos, como os oriundos da circulação
das frotas próprias de transporte alternativo, aluguéis de imóveis,
lucros de máquinas caça-níqueis e bingos.

O objetivo da Secretaria de Segurança, que trabalha em parceria com a
Polícia Federal, é traçar um perfil detalhado da atuação das milícias
no estado: querem identificar o armamento nas mãos dos grupos, onde
eles estão baseados, as atividades que desenvolvem, quanto arrecadam
em dinheiro com extorsões e cobranças de serviços, suas articulações
políticas, quantos homens formam as quadrilhas e quem são os chefes em
cada comunidade.

Com essas informações, esperam qualificar os crimes cometidos pelos
milicianos, principalmente o número de homicídios, para identificar os
autores.

De acordo com o levantamento, a Favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá
— que seria chefiada pelo inspetor de Polícia Civil Félix dos Santos
Tostes, 49 anos, assassinado na tarde de quinta-feira, no Recreio dos
Bandeirantes, quando sua picape Hilux foi alvejada por 72 tiros de
grosso calibre —, é a que mais fatura: R$ 1,6 milhão mensalmente, com
cobranças de segurança para moradores e estabelecimentos comerciais. A
segunda comunidade em que a milícia mais arrecada é Gardênia Azul,
onde os homens armados seriam comandados pelo policial civil conhecido
como Robocop e o bombeiro de nome Girão. Lá, o lucro mensal chega a R$
800 mil.

Robocop e Girão seriam sócios do cabo da PM Jorsan Machado de
Oliveira, 30 anos, assassinado dia 3, na saída de ensaio da escola de
samba Renascer de Jacarepaguá, no Tanque.

ELO COM CAÇA-NÍQUEIS

Lotado no Batalhão de Choque, o cabo era conhecido como Jorsan Japonês
e teria comandado um grupo que expulsou traficantes do Morro da Caixa
D'Água, no Tanque. Jorsan também é citado em relatório do pen drive
(arquivo digital portátil) de Rogério Andrade — apreendido pela PF —
como um dos responsáveis pela segurança de máquinas caça-níqueis na
área de Jacarepaguá.

O interesse da dupla em expandir seus territórios de atuação estaria
incomodando a milícia de Rio das Pedras. O primeiro sinal evidente do
conflito foi flagrado em conversa telefônica, gravada pela PF, com
autorização da Justiça, no dia 16 de novembro. No diálogo, que durou
pouco mais de 11 minutos, homem identificado como Sandro reclama com o
agente da Polícia Civil Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, preso em
dezembro na Operação Gladiador, de estar sofrendo pressão de Robocop e
Girão para pagar R$ 5 mil por semana para continuar recebendo a
segurança dos homens da dupla em seus negócios, como lojas e máquinas
de caça-níqueis instaladas na Gardênia Azul.

Fabinho, que faz parte do grupo dos `inhos', referência aos apelidos
de inspetores que seriam ligados ao ex-chefe de Polícia Civil e atual
deputado estadual Álvaro Lins, aconselha o interlocutor a ter
paciência, mas diz que a guerra está declarada. Em um dos trechos,
afirma: "Você tem que ter paciência, jogar como um jogador. Eles
querem é isso, que você perca a paciência. A gente é inimigo agora.
Então, quem declara guerra dá direito de o outro fazer o mesmo".

O território mais cobiçado pelos milicianos seria a Cidade de Deus. De
acordo com as investigações, pelo menos 1.200 homens estariam sendo
treinados para tomar a comunidade dos traficantes e transformá-la em
`base de operações' dos grupos.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2006/12/09/286975035.asp
Milícias expulsam os traficantes de drogas e já controlam 92 favelas
da cidade

Publicada em 10/12/2006 às 12h22m
O Globo e Extra

Favela de Rio das Pedras / Foto: Gabriel de Paiva

RIO - Os jornais "O Globo" e "Extra" trazem reportagens neste domingo
mostrando o crescimento das milícias nas favelas do Rio de Janeiro.
Segundo a reportagem do "Globo", a cada 12 dias, uma favela dominada
pelo tráfico é tomada por milícias no Rio. O fenômeno é coordenado por
agentes de segurança pública, políticos e líderes comunitários, como
diagnostica relatório elaborado há dois meses pelo Gabinete Militar da
prefeitura do Rio. Informações da Subsecretaria de Inteligência da
Secretaria de Segurança ressaltam que, em apenas 20 meses, o número de
comunidades dominadas por esses grupos saltou de 42 para 92. A
Prefeitura do Rio calcula que 55 comunidades estão em poder destes grupos.

— Este avanço dessas Autodefesas Comunitárias (ADCs) mostra que o
combate ao narcovarejo nas comunidades não é uma questão sofisticada,
mas de presença da polícia e de motivação — afirma o prefeito Cesar Maia.

Ocupações só são possíveis com apoio das comunidades

Formadas por policiais e ex-policiais militares, bombeiros,
vigilantes, agentes penitenciários e militares, muitos deles moradores
das comunidades, essas milícias passaram a empregar a estrutura do
estado como base para suas ocupações. Segundo o comandante do Bope,
coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, a expansão desses grupos só é
possível com apoio da população local e a participação informal de
parcela das unidades policiais dessas regiões:

— O policial faz vista grossa no momento da invasão, se ausentando do
local. Depois que a milícia se instala, o policiamento retorna, desta
vez para impedir o retorno dos traficantes. Este é um fenômeno que vem
de dentro do poder — diz o comandante, que há três anos vem estudando
o problema.

Para explicar a eficácia das milícias na expulsão do tráfico de drogas
de comunidades carentes, o coordenador do Gabinete Militar, coronel
Marcos Antonio Amaro, cita em seu relatório um exemplo bastante simples:

— Um menor flagrado com maconha pelo PM fardado é preso em flagrante,
conduzido à DP, assume o compromisso de comparecer posteriormente em
juízo, ganha liberdade imediata e retorna à favela, onde reincidirá no
crime. Já o menor flagrado com maconha por integrantes da "mineira"
recebe imediatamente um corretivo físico e psíquico. É encaminhado à
presença dos pais e ameaçado de morte, caso seja reincidente. O Estado
tem que agir dentro da legalidade, enquanto que a milícia, não.

Moradores apóiam proibição do uso de drogas nas favelas

"O Globo" ouviu moradores de comunidades dominadas por grupos formados
por integrantes das forças de segurança. Embora reclamem dos valores
das taxas, sete dos dez moradores — todos os nomes citados são
fictícios — acreditam que a presença das milícias diminui a sensação
de insegurança.

O principal aspecto ressaltado pelos moradores está no fato de os
milicianos não permitirem o uso e venda de drogas nas favelas
dominadas, evitando que as crianças vejam cenas de pessoas se
drogando. Outro ponto citado nas conversas como positivo está
relacionado ao fim dos tiroteios entre grupos rivais ou mesmo
policiais, o que geralmente resulta em vítimas inocentes de balas
perdidas.

Praia de Ramos, outra área dominada por milícias / Foto: Gabriel de Paiva

A inspetora Marina Maggessi, deputada federal eleita, não acredita que
todos os moradores de favelas dominadas por grupos para-militares
sejam obrigados a pagar taxas de "proteção". Ela alimenta a polêmica
ao afirmar que as milícias são, em sua maioria, um movimento de reação
da massa policial, que também vive em favelas, "tentando resgatar sua
dignidade e ao mesmo tempo proteger sua família e a comunidade"

- Todo rico tem segurança privada. E o dono da segurança é um coronel
ou delegado que subcontrata os praças. A segurança do pobre é a
milícia. Seja o policial fardado trabalhando, seja a segurança que o
coronel contrata para o condomínio ou seja a milícia, os atores são os
mesmos — argumenta Marina.

Leia a reportagem completa no jornal "O Globo" deste domingo.
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Comentários

1.

Rogério Souza de Moraes - e-mail
11/12/2006 - 08h 35m

Os Bandidos que forem expulsos vão para uma noava favela...
e se não tiver como manter o trafico na favela vão descer com tudo
para o asfalto.

Com certeza vão criar mais "opções de renda" ou seja...
aumento de roubos a coletivos, sequestros, roubos a bancos e empresas,
etc...

Agora quem domina esse imperio não mora no Juramento, nem na
Rocinha... provavelmente assiste a tudo de uma cobertura em Ipanema
protegido por muitas pessoas influentes.

Se ele(es) cair(em) derruba todos...

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2.

Rogério Souza de Moraes - e-mail
11/12/2006 - 08h 30m

O perigo das melicias é de torna-las herois hoje e depois de
um tempo descubrimos que elas não passam de mais um grupo de
"bandidos" que vão dominar estas comunidades carentes sobre o poder do
medo.

E ainda por cima sendo obrigados a pagar por isso... ou
alguém acredita que nesta vida algo que seja gratuito assim seja bom e
por muito tempo???

Como já foi comentado pelo
felippe faria rodrigues marques dos santos em 10/12/2006 -
12h 40m a consequência é o surgimento de uma nova favela.

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3.

jacy leite oliveira - e-mail
11/12/2006 - 07h 48m

Concordo, vivo numa comunidade que existe milicias, a ordem
é cumprida. Vivo com tranquilidade

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http://oglobo.globo.com/rio/mat/2006/12/09/286975084.asp
Milícia precisou de dois dias para tomar Favela Kelson's

Publicada em 10/12/2006 às 12h32m
Extra

Muros pichados com siglas do tráfico sendo pintados por ordem dos
milicianos / Foto: Luis Alvarenga - Extra

RIO - A Favela da Kelson's, na Penha, é uma das 55 comunidades
dominadas por milícias, segundo a Prefeitura, ou 92, de acordo com a
secretaria de Segurança. Ao expulsar o tráfico os milicianos ordenam
que as pichações sejam cobertas e herdam as fontes de renda ilegais
que eram exploradas pelos traficantes, como a TV a cabo pirata, o
pedágio das vans e o ágio no botijão de gás. Além disso, as taxas de
R$ 5 e R$ 10, que antes moradores e comerciantes pagavam para a
associação de moradores, serão cobradas para manter o domínio da
favela, que custa R$ 15 mil por mês. Os milicianos argumentam que é
"válido recorrer a uma coisa ilegal para manter a segurança e o
bem-estar de 15 mil pessoas que moram aqui (na Kelson's)".

Ação de ocupação durou dois dias

Para expulsar o tráfico, foram precisos dois dias. A ação não levou
muito tempo para ser planejada. Depois de muitos contatos e uma
reunião, a data escolhida para ocupar a área foi 5 de novembro.
Vestidos de preto, 50 homens — entre eles moradores da Kelson's —
invadiram a favela por cinco pontos. Esperaram o relógio marcar
23h30m: neste horário, todos os cultos das igrejas evangélicas haviam
acabado.

A ocupação só aconteceu após um tiroteio de meia hora, no dia 6 de
novembro. Desde então, os policiais se revezam em turnos, e contam com
o apoio dos "crias" (moradores da favela), que ajudam no patrulhamento.

Os dois primeiros dias de tomada da milícia foram de terror para os
moradores. Sem saber como ficaria a situação na favela, eles seguiam o
que os milicianos falavam. Na primeira semana, a comunidade era
orientada a não usar preto, a cor do uniforme dos policiais. O dono de
um mercadinho aprova a tomada da favela.

- Antes, eu tinha que pedir licença para entrar aqui e quase não saía
de casa - relata o comerciante, que teve o sogro morto há dois anos
por traficantes - Ele era viciado e acharam que tinha virado X-9
(alcagüete). Um dia desapareceu. A casa dele, com marcas de sangue,
ficou para o tráfico.

Moradores temem retalições do tráfico

Para a milícia da Kelson's, a saída deles da favela pode significar um
banho de sangue. Eles dizem ter certeza de que os traficantes
voltariam para se vingar de quem os apoiou. O grupo tem consciência de
que será combatido:

Milicianos vigiam a favela em pontos etratégicos / Foto: Luis
Alvarenga - Extra

— O Estado tem por obrigação coibir o ato ilegal. Mas antes disso, o
Estado tem que pensar no que ele está fazendo de negativo à população,
isso é, no que resultaria essa repressão à milícia. O que aconteceria
à população se a milícia saísse? O tráfico mata todo mundo que eles
achem que colaborou conosco e até quem só cumprimentou os milicianos —
disse um policial.

Os milicianos explicaram o motivo de não conseguirem acabar com o
tráfico quando estão de serviço na PM:

— Como polícia, temos dificuldades. Horário, ocorrência acumulada,
várias comunidades para incursionar. Milícia é 24 horas. Milícia não é
só policial que vem de fora, mas a própria comunidade que apóia.

Leia a reportagem completa no jornal "Extra" deste domingo.
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Comentários

1.

wanderson rocha dos santos - e-mail
11/12/2006 - 08h 03m

isso é muito bom..... continue assim

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2.

Alew win - e-mail
11/12/2006 - 07h 46m

Precisamos de milícia no asfalto também... quem sabe assim
consigo sair de casa.. :|

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3.

Gilberto Pires de Azevedo
11/12/2006 - 07h 26m

O ponto principal: o arcabouço legal tradicional não foi
concebido para funcionar em favelas e é totalmente inaplicável neste
tipo de comunidade. Iniciativas do tipo Viva Rio também já se provaram
inúteis. As milícias são a primeira resposta eficaz ao domínio dos
traficantes que transformou toda a cidade em refém de bandidos. Como
tudo no mundo, certamente as milícias também trarão alguns problemas
etc. Mas, em comparação com o domínio do tráfico, são uma benção.

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http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_84044.asp
24/2/2007 01:25:00

Temor de guerra de milícias

Assassinato do inspetor Félix Tostes acirra clima de tensão entre
moradores de Rio das Pedras. Polícia investiga disputa entre grupos
armados, ligação com caça-níqueis e rixa política

Rio - A morte do policial civil Félix dos Santos Tostes, 49 anos,
apontado como o chefe da milícia da Favela Rio das Pedras, pode ter
marcado o início de uma guerra entre os grupos armados que dominam
Jacarepaguá. A hipótese aparece como uma das três linhas de
investigação da polícia para solucionar o caso. As outras são
envolvimento com caça-níqueis e disputa política. Entre moradores e
amigos que ontem à tarde compareceram ao enterro, no Cemitério Jardim
da Saudade, em Sulacap, o clima é de apreensão, à espera de novas
batalhas.

O abraço de dois amigos que se consolavam deu o tom do que poderá
acontecer. "A guerra só vai começar", prometeu um deles. Um morador da
favela também não escondeu a sensação de insegurança que se espalhou:
"É melhor não circular por Jacarepaguá".

Os assassinos, que utilizaram um Astra e uma Blazer para fechar a
picape Hilux em que Félix estava, fizeram 72 disparos de fuzis e
pistolas. A polícia acredita que havia pelo menos cinco homens na
ação. Após exame de necropsia, peritos constataram 34 perfurações no
corpo do policial. Félix acabara de sair do prédio de uma mulher, no
Recreio dos Bandeirantes, com quem manteria relação extraconjugal há
quatro anos.

VELÓRIO EM FAVELA

Centenas de pessoas se despediram do inspetor na praça de Rio das
Pedras. Bandeiras pretas foram colocadas nos postes. A viúva, Maria do
Socorro, e seu filho, Gualter, permaneceram o tempo todo ao lado do
corpo. Supostos milicianos organizavam o velório, acompanhando
fotógrafos, liberando o trânsito e controlando moradores.

Seis ônibus foram em cortejo para o cemitério, seguidos por muitos
carros importados. No enterro, a viúva, com camisa da associação de
moradores da comunidade e o nome do marido nas costas, voltou a acusar
o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras
(PFL). "Aquele desgraçado matou o meu marido. Meu amor, minha paixão,
não vai", gritava ela, que chegou a desmaiar.

O caso foi avocado pela Delegacia de Homicídios da Zona Oeste
(DH-Oeste), mas o delegado da 16ª DP (Barra), Carlos Augusto Nogueira
Pinto, ajudará nas investigações. "Há informações de que Félix se
candidataria a vereador em 2008, o que poderia estar causando certo
mal-estar com Nadinho", afirmou o delegado. O vereador será chamado a
depor.

Também serão ouvidos bombeiro de nome Girão e policial civil conhecido
como Robocop, que comandariam milícia na Gardênia Azul e são suspeitos
de disputar território com homens ligados a Félix. O subchefe de
Polícia Civil, Ricardo Martins, afirmou que o inspetor era investigado
pela Corregedoria em dois inquéritos : um relativo às milícias e outro
a caça-níqueis. Segundo ele, Félix já havia sido denunciado à Comissão
Permanente de Inquérito Administrativo (CPIA) e poderia ser expulso da
polícia.

BLINDADO NA OFICINA

O delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto informou que Félix costumava
circular com uma caminhonete blindada, mas no dia do crime o veículo
estava numa oficina. "Quem o matou provavelmente sabia que o carro
blindado estava no conserto", acredita o policial.

O carro onde o inspetor morreu, uma picape Hilux, foi comprado em
leasing pelo Banco Sudameris e está em nome da jornalista Deborah
Farah, que será chamada a depor. Em dezembro, o ex-chefe de polícia e
atual deputado estadual pelo PMDB Álvaro Lins afirmou que foi Deborah
quem o apresentou ao PM Jorsan Machado de Oliveira, assassinado mês
passado em Jacarepaguá e acusado de integrar a quadrilha do bicheiro
Rogério Andrade.

Na ocasião, Lins citou o nome da jornalista para explicar porque
agradeceu a Jorsan pelos seus esforços na campanha eleitoral. "Liguei
a pedido da repórter Deborah Farah, que me apresentou a ele e contou
como se empenhou para conseguir votos," justificou.

A jornalista, que se apresenta como pré-candidata a vereadora em sua
página do Orkut, também é citada em diálogo que consta na investigação
da Operação Gladiador, desencadeada pela Polícia Federal. Ela é
ameaçada pelo bombeiro Antônio Carlos Macedo, preso na ação."Vou
desmoralizar esse pessoal todo, delegados vendidos, Milton Olivier,
34, 39, Itagiba, Débora Farah, Comandante do 34, vagabundos
disfarçados de polícia."

No carro dirigido por Félix, peritos encontraram abaixo-assinado
dirigido ao "Ilustríssimo Senhor Presidente das Organizações Globo".
Ainda sem assinaturas, o documento pedia a não veiculação de matérias
sobre milícias em Rio das Pedras.


http://jbonline.terra.com.br/editorias/rio/papel/2007/02/23/rio20070223000.html
23 de fevereiro de 2007
[Image]

Tráfico começa a caçar milicianos

Gustavo de Almeida e Ricardo Albuquerque

Traficantes de drogas ligados à Cidade de Deus estão sendo
investigados pela morte do inspetor de Polícia Civil Félix dos Santos
Tostes, 49 anos, apontado por relatórios da Secretaria de Segurança
como chefe de milícias na Zona Oeste - principalmente na Favela de Rio
das Pedras, onde há ação das milícias há mais de 10 anos. O inspetor
chegou a ocupar cargo de assessor da chefia da Polícia Civil, mas foi
afastado por causa das suspeitas de ligação com milícias. Félix foi
assassinado com mais de 30 tiros, em sua picape, no Recreio dos
Bandeirantes.

O inspetor dava ré em seu carro para sair do prédio 475, na Rua
Senador Ruy Carneiro, onde havia visitado uma amiga, quando foi
abordado por vários homens armados, todos dentro de um Astra. Cercado,
ele levou mais de 30 tiros de fuzil. Ao saber que Félix estava morto,
a amiga desceu e gritou na rua que o vereador Nadinho do Rio das
Pedras era o culpado. Uma mulher, ainda não identificada, também foi
ferida e levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra.

No episódio de sua saída do gabinete da Chefia de polícia, Félix teve
abandono de emprego declarado pelo delegado Gilberto Ribeiro. O chefe
de Polícia encaminhou para a Corregedoria da Polícia Civil em janeiro
seu pedido de afastamento, se baseando também em uma carta anônima, na
qual era relatado o envolvimento do inspetor com milícias na Favela de
Rio das Pedras e a cobrança de taxas de segurança dos moradores. No
entanto, Félix deu plantão como policial na última quinta-feira.

No total, o inspetor respondia a dois inquéritos e uma sindicância. Um
dos inquéritos está na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e de
Inquéritos Especiais (Draco) e o outro na Corregedoria da Polícia
Civil, onde está também a sindicância. Félix negou nos depoimentos que
tivesse participação em milícias, mas havia várias denúncias anônimas
relatando fatos na comunidade de Rio das Pedras.

O policial civil havia recebido em setembro a medalha de Honra,
Fidelidade e Devotamento da instituição, das mãos do então chefe de
Polícia Civil, Ricardo Hallack. Em março de 2005, Félix recebeu também
a Medalha Pedro Ernesto, do vereador Nadinho de Rio das Pedras, a quem
segundo moradores da região, ajudou a eleger.

É a segunda morte este mês de policial suspeito de envolvimento com
milícias, o que parece indicar uma reação do tráfico aos grupos
paramilitares.

A polícia investiga inclusive se foram traficantes que executaram, no
dia 3, o cabo Jorsan Machado de Oliveira, do Batalhão de Choque.
Jorsan era investigado por suposto envolvimento com o bicheiro Rogério
Andrade, chefe de uma das máfias de caça-níqueis, e com o ex-chefe da
Polícia Civil do Rio e deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), acusado
em inquérito da PF de proteger a quadrilha do contraventor. O crime
aconteceu em frente à quadra de ensaios da Escola de Samba Renascer de
Jacarepaguá.

Jorsan chegou a ser denunciado em dezembro pelo Ministério Público
Federal como um dos 77 policiais militares acusados de envolvimento
com o tráfico de armas e drogas, seqüestro e extorsão, ao fim da
Operação Tingüi, desencadeada pela Polícia Federal.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/03/01/294761319.asp
Polícia estoura central clandestina de TV a cabo em Jacarepaguá

Publicada em 01/03/2007 às 23h06m
O Globo e O Globo Online

Polícia descobre central de net e velox clandestino em Jacarepaguá /
Foto: Custódio Coimbra - O Globo

RIO - Após uma denúncia anônima e três dias de investigações,
policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) estouraram, na manhã desta
quinta-feira, uma supercentral clandestina de TV por assinatura e
acesso à internet por banda larga, em Jacarepaguá, operada
supostamente pelo policial militar reformado José Luís dos Santos.
Três pessoas que estavam no local foram presas em flagrante. Júlio
César Lins de Andrade, de 35 anos, Ronny Peterson de Oliveira Santos
da Silva, de 29, e Renato da Silva Alves de Santana, de 31, estavam na
casa e foram presos em flagrante. O trio poderá responder a inquérito
por furto, formação de quadrilha e porte de armas brancas e munição.
Se condenados, a pena pode chegar a 16 anos e seis meses de prisão.
José Luís, cuja prisão será pedida pela polícia, é suspeito ainda de
ligação com o inspetor Félix dos Santos Tostes, de 49 anos, que era
acusado de chefiar a milícia da favela Rio das Pedras e foi
assassinado a tiros, semana passada, no Recreio dos Bandeirantes.

A central, a maior já encontrada pela polícia do Rio, estava
interligada com pelo menos mais seis unidades clandestinas que
funcionam nas zonas Oeste e Norte. Juntas, elas reuniriam
aproximadamente 50 mil pontos clandestinos de TV por assinatura e de
acesso à internet por banda larga, com faturamento estimado em cerca
de R$ 150 mil mensais. Na casa, os policiais apreenderam farto
material eletrônico, como codificadores, cabos e conectores para a
instalação de pontos da Net, além de notas fiscais e outros documentos
em nome de diferentes empresas de telecomunicações do Rio.

Espada de samurai e réplicas de armas apreendidas na operação / Foto:
Guilherme Pinto - Extra

Na casa, além do vasto material de TV por assinatura, a polícia
apreendeu cheques de até R$ 5 mil e documentos que revelam a
instalação ilegal em 1.840 residências na região de Jacarepaguá. As
mensalidades da assinatura clandestina variavam de R$ 13,50 a R$ 80.

Num dos oito quartos da casa, usado como escritório, os policiais
encontraram facas, uma espada ninja, 300 balas de revólver calibre 38
e pistola calibre 45, além de réplicas de armas. Também foram
apreendidos CDs de um curso básico de explosivos da Polícia Civil; um
quadro com certificado, em nome do PM reformado José Luís dos Santos,
de um curso de rapel realizado na Academia de Polícia Civil; um taco
de beisebol; luvas de boxe; saco de areia e uma marreta.
Leia a reportagem completa no jornal "O Globo" desta sexta-feira.
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Comentários

1.

joil prudente rosa - e-mail
03/03/2007 - 19h 47m

Invadir área pública, construir irregularmente, roubar água,
luz e TV a cabo é crime aqui e em qualquer lugar do mundo.Quem faz
isso nâo pode ser chamado de trabalhador honesto. A cidade legal está
cansada de sustentar essa gente , e o que ganhamos? TIRO.

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2.

Flávio José Ramos Faria - e-mail
02/03/2007 - 16h 47m

Outra coisa:

Favela, queiram ou não seus moradores ou os eventuais
defensores do "fracos e oprimidos" de plnatão, é sinônimo de
ilegalidade, invasão de prorpiedade alheia, ocupação irregular do solo
urbano.

Portanto, não me venham com esses discursos pseudo-demagogos
"de que na favela a maioria da população é de gente trabalhadora e etc.."

Na melhor das hipóteses são invasores que querem morar bem,
sem pagar os devidos impostos.

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3.

Flávio José Ramos Faria - e-mail
02/03/2007 - 16h 28m

Leila minha cara;

Tem direito de usufruir de um bem ou serviço quem PAGA por ele.

Esse seu discurso é equivalente a "deixa roubar o tênis,
afinal o menor carente também tem direito de usar calçado de grife".

Francamente!

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http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/02/11/294529820.asp
Agentes de segurança ficaram entre os mais votados em comunidades
dominadas por milícias

Publicada em 11/02/2007 às 07h57m
O Globo Online

RIO - Um levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que em 35 das
92 áreas dominadas hoje por grupos paramilitares, 80% dessas
comunidades tiveram pelo menos um policial, bombeiro ou militar
reformado entre seus candidatos mais votados nas últimas eleições. De
acordo com a reportagem publicada neste domingo , esse é um novo
fenômeno eleitoral que fica ainda mais explícito com os resultados do
pleito: de nove candidatos da área de segurança pública que fizeram
campanha para deputado nessas áreas, cinco conseguiram se eleger.

Autoridades como o ex-secretário de Segurança Pública Marcelo Itagiba;
o delegado Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil; e o deputado
estadual Coronel Jairo, ex-presidente da Comissão Permanente de
Segurança Pública da Alerj e primeiro-vice-presidente da nova Mesa
Diretora da Casa, foram alguns dos policiais que tiveram votações
expressivas nos territórios ocupados por milícias.

Ainda de acordo com a reportagem, também foi no ano passado que as
milícias se multiplicaram na cidade, saltando de 42, em abril de 2005,
para os números atuais. Situadas quase em sua totalidade em bairros da
Zona Oeste e, em alguns casos, na Zona Norte, as 35 comunidades ficam
em zonas eleitorais que abrangem cerca de 850 mil eleitores. O número
corresponde a 18% de todo o eleitorado carioca.

http://www.comunidadesegura.org/?q=pt/node/31910
A força eleitoral das milícias
12/02/2007 - 09:36 | enviar por e-mail | imprimir |

Por Elenilce Bottari e Sérgio Ramalho

Opoder de fogo das milícias no Rio vai além da capacidade de expulsar
traficantes e controlar favelas. Levantamento feito pelo GLOBO em 35
das 92 áreas dominadas hoje por esses grupos paramilitares revela a
enorme influência política que eles exercem sobre os moradores: 80%
dessas comunidades tiveram pelo menos um policial, bombeiro ou militar
reformado entre seus candidatos mais votados nas últimas eleições. Um
novo fenômeno eleitoral que fica ainda mais explícito com os
resultados do pleito: de nove candidatos da área de segurança pública
que fizeram campanha para deputado nessas áreas, cinco conseguiram se
eleger.

Paralelamente, também foi no ano passado que as milícias se
multiplicaram na cidade, saltando de 42, em abril de 2005, para os
números atuais. Situadas quase em sua totalidade em bairros da Zona
Oeste e, em alguns casos, na Zona Norte, as 35 comunidades ficam em
zonas eleitorais que abrangem cerca de 850 mil eleitores. O número
corresponde a 18% de todo o eleitorado carioca.

Fonte: O Globo


http://www.comunidadesegura.org/?q=pt/node/31385
Atuação das milícias divide especialistas no Rio de Janeiro
08/01/2007 - 13:56 | comente | enviar por e-mail | imprimir |

RIO - Milícia e segurança privada. Para a antropóloga e especialista
em segurança pública Alba Zaluar, do Rio, não há diferença além dos
títulos que recebem - ambas cobram para atuar e andam armadas.
Distinção: uma está nas favelas e comunidades carentes e a outra, em
bairros de classes média e alta.

O professor de Sociologia e coordenador do Núcleo de Estudos da
Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), Michel Misse, vê a atuação das "chamadas milícias"
mais próximas da máfia.

Para a cientista social e coordenadora do Centro de Estudos de
Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Silvia Ramos, a
milícia é imposição - a comunidade está impedida de lhe dizer não.

Fonte: O Estado de São Paulo
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2007/jan/08/65.htm

http://voxlibre.blogspot.com/2006/12/as-milcias-e-os-narcotraficantes-do.html
Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2006
As "milícias" e os narcotraficantes do Rio de Janeiro!!!

O noticiário do Rio de Janeiro, ultimamente, não fala de outra coisa,
senão das "milícias" que estão expulsando traficantes de favelas
cariocas e ocupando seu lugar.
O assunto não é novo, já foi tema de uma tese de doutorado de
acadêmicos da PUC (Pontifícia Universidade Católica), do Rio de
Janeiro, que estudou o fenômeno ocorrido na favela Rio das Pedras no
bairro de Jacarepaguá, onde há vários anos não há traficantes de drogas.
A comunidade goza da segurança proporcionada por uma "milícia" formada
por policiais e bombeiros militares, além de ex-policiais e alguns
agregados.
A questão é que o fenômeno das "milícias" agora vem se expandindo, e
já são dezenas de comunidades carentes do Rio de Janeiro onde os
traficantes de drogas foram expulsos e as "milícias" agora dominam os
locais.
As "milícias" atuam em um modelo clássico das máfias tradicionais:
"vendem proteção"!
Cobram uma taxa de segurança de cerca de 15 reais de cada domicílio
das comunidades carentes, cobram ágio na venda de botijões de gás e
controlam, também com participação nos lucros, o transporte ilegal de
vans e a distribuição "pirata" de sinais de TV paga, o chamado GATONET.
As "milícias" também cobram uma comi$$ão sobre a venda de imóveis nas
comunidade por elas dominadas.
Estima-se que os ganhos auferidos pelas "milícias" alcancem a cifra de
milhões de reais!
Ninguém até agora realizou uma pesquisa com valor científico sobre o
que os moradores das comunidades carentes acham da atuação das
"milícias", mas sondagens informais mostram que os moradores preferem
as "milícias" aos traficantes de drogas.
É compreensível!
Em primeiro lugar as comunidades ficam livres dos tiroteios entre
gangues rivais de traficantes disputando pontos de venda de drogas.
Também não acontecem mais as violentas escaramuças entre
narcotraficantes e policiais.
Afinal de contas, as "milícias" nada mais são do que os policiais e
similares de "folga".
É tudo uma ação entre "amigos"!
Desaparece também a má influência dos traficantes de drogas sobre
crianças e adolescentes das comunidades carentes, o que os levava ao
uso de drogas, ou ao ingresso na então "sedutora" carreira do crime.
Há moradores das tais comunidades controladas pelas "milícias" que
afirmam que agora podem dormir com as janelas abertas.
Mas não há a menor dúvida, porém, que a ação das "milícias", a
despeito de todas as suas vantagens sobre a dominação do narcotráfico,
é uma afronta à legalidade!
Algumas perguntas incômodas aparecem:
O que acontecerá quando duas "milícias" disputarem o controle sobre a
mesma área?
Ocorrerá um tiroteio entre grupos "para-policiais"?
Outra questão que parece estar passando despercebida à grande mídia:
Por que as "milícias" (integradas por policias e assemelhados)
conseguem expulsar os narcotraficantes das favelas e ocupar o espaço
vazio deixado por eles, e a polícia institucional não consegue fazer o
mesmo?
Afinal de contas, a polícia, como instituição, conta, além do poder
concreto nada desprezível das armas, com o poder institucional da
legalidade, vantagem muito superior à das "milícias"!
O VOX LIBRE tem uma teoria a respeito:
Não é que a polícia, como instituição, não consiga expulsar os
narcotraficantes das favelas e impedir seu retorno, é que talvez isso
não seja intere$$ante!
Por que fazer uma coisa para não ganhar nada, se em outro momento é
possível fazer a mesma coisa quando se obterá um ganho monetário?
Os policiais de "serviço" que não conseguem expulsar definitivamente
os narcotraficantes das favelas são os mesmos que conseguem, quando de
"folga", atuando nas "milícias", botar os criminosos para correr de vez.
Ou seja, na ilegalidade a polícia funciona!
O problema é que os moradores pagam para ter a segurança das
"milícias", quando na verdade estão pagando duas vezes, pois os
impostos extorsivos que todos pagamos, já deviam ser suficientes para
que tivéssemos "segurança"!
As vantagens e desvantagens da atuação das "milícias" já foram
explicadas acima, resta saber o que o governo do Rio de Janeiro vai
fazer a respeito.
Se vai instaurar a legalidade em toda a cidade, ou se vai permitir a
atuação da polícia "informal" constituída pelas milícias!
O ideal é que todos os cidadãos do estado do Rio de Janeiro tenham
segurança sem ter que pagar nada além dos elevados e muitos impostos
que já pagam!
E que tenham segurança sem ter que recorrer a "milícias", e que os
policiais sejam remunerados de forma justa, sem que precisem fazer
fora do "serviço", aquilo que deveriam fazer dentro dele!!!

Postado por Antonio Rayol às Segunda-feira, Dezembro 11, 2006

http://cbrayton.wordpress.com/2007/01/17/rio-militias-hybrid-governance-solution-to-state-failure/
Rio Militias: Hybrid Governance Solution to State Failure Props Up
Informal Real Estate Market

Posted by Colin Brayton on January 17th, 2007

[Image]
In this version of Century 21, the hood stands in for the red blazer.

ISTOÉ Online has a very revealing little piece on the militias — made
up exclusively, as I understand it, of off-duty military police
officers who reside in the favelas — who have taken up arms against
the Rio de Janeiro drug rackets, reportedly — and it is widely
reported — with the tacit support of leadership elements inside the
local PM batallions.

They deny, in interviews, the charge that they run Mafia-style pizzo
protection rackets and use service-issue weaponry, as Maierovitch of
CartaCapital has charged.

At first, the militias merely offered protection to unwary
residents. Soon, however, that protection turned into extortion and
permanent violation of individual rights. As ever in the annals of
Mafia history, the sale of pizzo protection policies evolved into a
loss of liberty by the pseudo-customer of protection and the
institutionalization of the extortion scheme.

My translation from a previous post. The IstoÉ article, in part:

Quem chega ao Rio de Janeiro pela avenida Brasil se espanta com os
imensos complexos de favelas, do lado direito, como um mar de pobreza
em torno da Igreja da Penha. Uma delas é a Vila Cruzeiro, que expôs a
crueldade do tráfico em 2002, com a tortura e morte do jornalista Tim
Lopes. Ali, como na maioria das áreas dominadas pelo tráfico de
drogas, a imprensa não circula. Na quarta-feira 10, ISTOÉ esteve em
uma favela vizinha, onde quem não entra é traficante. As regras são
ditadas por policiais fora de serviço e à paisana, que há um ano
expulsaram o tráfico, encerrando um período de tiroteios constantes
entre facções criminosas. É uma milícia, como são chamados os grupos
paramilitares que já dominam quase 100 favelas da cidade.

Anyone arriving in Rio along the Avenida Brasil is overwhelmed by the
immense shantytown complexes to the right of the main highway, like a
sea of poverty surrounding the Igreja da Penha church. One of these is
the Vila Cruzeiro, in which the cruelty of the traffic was exposed in
2002 when [Elias Maluco ordered the] torture and murder of [Globo Rio
TV] journalist Tim Lopes. There, as in most areas dominated by the
drug traffic, the press never ventures. On Jan. 10, IstoÉ was in a
neighboring shantytown, where there is no drug traffic and where the
traffickers fear to tread. The rules are laid down by off-duty,
non-uniformed policemen who kicked out the traffic several years ago,
putting an end to constant gun battles among criminal factions. It is
a militia, as the paramilitary groups that now dominate 100 Rio
shantytowns are known.

Lopes was trying to carry out a hidden-camera exposé on sexual abuse
of minors at a baile funk, or "funk dance," which have a reputation
for being rather, uh, orgiastic. –Ed.

Cada milícia é formada por cerca de 30 pessoas. Em comum, têm a
luta pelo direito de morarem com suas famílias no lugar onde nasceram.
Quando entraram na PM, esses milicianos tinham de esconder sua
condição, mas foram sendo descobertos e expulsos pelos traficantes.
"Eu saí com a roupa do corpo, com cinco fuzis na cabeça", conta um dos
líderes. Aos poucos, planejaram a volta à favela natal, com a ajuda
dos moradores. No dia D, dezenas de traficantes foram mortos. "Depois
do banho de sangue, os corpos foram carbonizados ou jogados na Baía de
Guanabara", reconhece um miliciano que, obviamente, não quer ser
identificado. Como a favela é estratégica para as facções, por ter
ruas de fácil acesso aos consumidores de drogas, três tentativas do
tráfico de recuperar a área foram rechaçadas. Nesta comunidade, todos
os milicianos são da PM e, na folga, montam o policiamento ilegal, com
walk-talkies e munição doados por comerciantes e políticos, alguns
deles envolvidos com o jogo do bicho.

Each militia has about 30 members. What they have in common is a
struggle for the right to live with their families in the place where
they were born. When they joined the PM [military police], these
militiamen had to hide what they did for living, but they were
gradually being outed and expelled by the Traffic. "I had to leave
with just the clothes on my back, with five rifles to my head," says
one militia leader. Little by little, they planned their return to
their native shantytown, with the help of residents. On D-Day, dozens
of traffickers were killed. "After the bloodbath, the bodies were
reduced to ashes or thrown into Guanabara Bay," admits a militiaman
who, for obviously reasons, does not want to be identified. Because
the shantytowns are strategic for the criminal factions, given that
they offer easy access to drug consumers, three pushes by the traffic
to retake the area have had to be repulsed. In this community, all the
militiamen are military policemen and, off-duty, form an illegal
vigilante police force, with walkie-talkies and ammunition donated by
businessowners and politicians, some of them involved in the jogo de
bicho [roughly, "the numbers racket" — lucrative underground lotteries].

Com a chegada da milícia, em um ano o preço de um apartamento de
dois quartos no centro da comunidade passou de R$ 3 mil para R$ 20
mil, o que dá uma rápida dimensão do rombo provocado pelo narcotráfico
na economia do Rio de Janeiro. O presidente da associação de
moradores, antes obrigado a conviver com o tráfico, relata a visita
insólita que recebeu de um morador há dois anos. "Ele perdeu dois
filhos na guerra do tráfico. Me entregou as chaves de dois
apartamentos e sumiu."

With the arrival of the militia, within a year the price of a
two-bedroom apartment in the downtown area of the shantytown soared
from R$3,000 to R$20,000 — which gives you a quick idea of the size of
the drain on the local economy that the traffic represents. The
president of the residents association, which once had to put up with
the traffic, recounts a visit he received from a local resident two
years ago. "He had lost two sons to the drug wars. He turned over the
keys to two apartments and disappeared."

Os milicianos assumiram o lugar do tráfico, porém, também cometem
abuso de poder nas favelas do Rio. Geralmente obrigam moradores e
comerciantes a pagar pela segurança ilegal, exploram serviços
clandestinos de transporte, gás e TV a cabo. Como todo poder tomado à
força resulta em autoritarismo, as milícias manipulam o medo e
restringem as liberdades. A punição para quem fuma maconha na rua pode
resultar em surra, expulsão ou até morte. Por tudo isso, o discurso do
governo é o de que milicianos e traficantes devem ser combatidos com o
mesmo vigor.

The militiamen have taken the place of the traffic, however. They also
abuse their power within the shantytowns of Rio. They generally oblige
residents and businessowners to pay for the illegal security scheme,
and exploit underground transport, gas and cable TV services. Whenever
power is taken by force, authoritarianism results. The militias
manipulate fear and restrict freedoms. The punishment for anyone
caught smoking marijuana in the street can be a beating, expulsion, or
even death. For these reasons, the official line of the government is
that the militias and the traffic have to be put down with equal vigor.

A tese soa bem às entidades de defesa dos direitos humanos, mas
não esconde a hipocrisia: não há, segundo a Secretaria de Segurança,
um único miliciano preso. Na guerra do Rio, as ruas não seguem as
orientações dos gabinetes. "É claro que temos o apoio da corporação.
Estamos do mesmo lado", diz um miliciano. O governo também sabe que,
se neutralizar as milícias, seu braço bastardo, não poderá manter
policiamento uniformizado 24 horas por dia nas favelas. "Durmo com
medo de o tráfico voltar e acabar com a paz", conta a vendedora de uma
loja de bijuterias que há seis meses dorme com janelas abertas.

It is a theory that pleases human rights groups, but the hypocrisy is
evident: According to the Secretary of Security, not a single
militiaman has been arrested. In the Rio street wars, the streets do
not follow the policies of the government. "Of course we have support
from the [police] force. We are on the same side," says a militiaman.
The government also knows that if it neutralizes the militiamen, its
bastard right arm, it will not be able to sustain 24-hour uniformed
policing withing the shantytowns. "I sleep in fear of the traffic
coming back and ending the peace," says a jewelry-store saleswoman who
has been sleeping with her windows open for the last six months.

Um garçom cearense interrompe sua caminhada ao esbarrar com a
equipe de ISTOÉ. Falante, com uma gaiola nas mãos, conta que, ao
chegar de madrugada, não mais encontra bandidos com metralhadoras nas
ruas. "Meu cafofo vale muito mais e as crianças brincam até tarde.
Isso não tem preço, meu filho, a comunidade ganhou vida", diz. Aos
poucos, a equipe é cercada por moradores. Eles não aceitam ser
fotografados, por medo de represálias caso o tráfico volte, mas falam
sem parar. "Eu me mudei porque não queria meus filhos vendo cocaína e
fuzil. Agora quero voltar porque aqui virou um pedacinho do céu, mas
os preços dispararam", diz uma cabeleireira.

A waiter from Ceara who is passing by stops to chat with our team. A
talkative man with a birdcage in his hands, he tells us that he no
longer returns home after midnight to find bandits with machine guns
in the streets. "My house is worth a lot more and the kids play in the
streets all afternoon. You can't put a price on that, sonny boy. The
community has got its life back," he says. Little by little, our team
is surrounded by residents. They do not want to be photographed, for
fear of reprisals in case the traffic returns, but they talk without
cease. "I moved because I do not want my children selling cocaine and
weapons. Now I want to come back because here I can see a little piece
of blue sky. But the prices have gone through the roof," says one
woman, a hairdresser.

O depoimento da tia de um garoto de dez anos que levou um tiro na
cabeça num combate entre gangues ajuda a entender por que o governo
faz vista grossa para as milícias. O menino não controla os movimentos
de metade do corpo. "Toda semana uma facção invadia o morro e era só
tiroteio. Ninguém saía de casa depois do final da tarde", diz a tia.
São oito horas da noite, as crianças correm pelas ruas e soltam pipas.
Há barulho de tiros de fuzil ao longe, mas ninguém se assusta. Vem dos
lados da Vila Cruzeiro.

The story of a woman whose nephew, 10, took a bullet in the head
during a battle between gangs, helps to understand why the government
turns a blind eye to the militias. The boy cannot control the movement
in half his body. "Every week one criminal faction or another would
invade the hillside and its was nothing but shootouts. No one left
their houses in the evening," the woman says. It is eight o'clock in
the evening, the kids are still running through the streets and flying
kites. There is the sound of gunfire in the distance, but no one shows
concern. It comes from outside, from the direction of the Vila Cruzeiro.

Well, there you have it. See also Sampa: The Broom and the Brushcut
for some indicators on parallel developments in the neighboring state
of São Paulo.

The first action of the new federal security force will be to conduct
an interstate border-control pincer movement Operation Divisas
Seguras, or "Safe Transition-Zones" — that will control the entire
Vale do Paraíba — the "São Paulo-Rio Corridor."

Truckers will be ecstatic. I predict.

Those poor guys lose loads and lives all the time to highway robbery
along "the corridor."

One of these days the Brazilian music industry will produce a local
equivalent of "Convoy," and you will see some real trucker pride here,
on a scale comparable to the Great French Trucker Strike of a couple
years back. Those guys — and grrrls, too, quite a few — are total
mensches.

This entry was posted on Wednesday, January 17th, 2007 at 10:09 am and
is filed under Financial Press, Brazil. You can follow any responses
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http://cbrayton.wordpress.com/2007/09/07/brazilian-blawger-what-is-a-militia/#more-3894
Brazilian Blawger: "What is a Militia?"

Posted by Colin Brayton on September 7th, 2007

Graphic imagery warning:

… the Rio police kill two times more [each year] than all the
police in the entire United States. … The privatization of public
security and the economic exploration of fear inevitably lead to
mafia-style social relations.

Hey man in black, what is your mission?
I go to the favelas and leave corpses on the ground
– a current underground funk carioca tune

Milícia, privatização da segurança pública: "The militia,
privatization of public security."

Mario Bezerra da Silva of Brazil's DireitoNet — a legal affairs column
of the kind we like to refer to as "blawgs" here in Gringoland — takes
a scholarly look at the phenomenon of armed protection rackets run by
moonlighting police.

O termo milícia descreve a proliferação de grupos armados que
estão ocupando comunidades carentes. "Milícia" significa qualidade,
condição ou estado de guerreiros de um determinado grupo de indivíduos
que se organizam para pôr fim a situações de ameaça à segurança
pública, como invasões inimigas, revoltas armadas ou desastres
naturais. Tais milícias auxiliares podiam integrar as forças do
exército. Em Roma, durante as crises da República no Século II d. c. ,
era lícita a iniciativa particular no apelo a concidadãos para
seguirem um líder na defesa da cidade: "Qui rem publicam salvam esse
volunt me sequantur" ( que os voluntários desejosos da salvação da
República me sigam).

The term "militia" refers to the proliferation of armed groups
occupying poor communities. "Militia" means the quality, condition or
state of warriors from a specific group of individuals who organize to
put an end to situations that threaten public safety, such as enemy
invasions, armed revolts or natural disasters. Such auxiliary militias
can be members of the standing army. In Rome, during the crisis in the
Republic during the second century A.D., it was legal for private
initiatives to appeal to fellow citizens to follow a leader in defense
of the city: "Let all volunteers desiring to save the Republic follow me."

Who said that? A quick google indicates it is found in the "memorable
deeds and sayings" of Valerius Maximus, attributed to Publius
Cornelius Scipio "The Pointy-Nosed," grandson of Scipio of Africa, the
famous general.

As formações das milícias estava relacionada à história de
conflitos internos para defesa do Território.

The formation of militias was related to the history of internal
conflicts for the defense of national territory.

O termo se reveste de um relativo grau de legitimidade, na medida
em que a finalidade perseguida é pública ou vinculada a regras
definidas pelo Estado. A organização de grupos armados para tomar e
manter um determinado espaço territorial dentro de um País Soberano
passou a ser uma ação criminosa.

The term is endowed with a degree of relative legitimacy to the extent
that the end pursued is a public good or related to rules established
by the State. The organization of armed groups to take and maintain a
specific territory within a sovereign nation, however, came to be
defined as a criminal activity.

Conforme pesquisa realizada em comunidades carentes, esses grupos
deixam entender a presença de coação, ameaças e extorsão nas
atividades daqueles grupos, conhecidos também como: "Cangaceiros", que
passa uma vinculação positivamente à produção da ordem. Esses
depoimentos compreendem que a comunidade aprova os extermínios e a
expulsão dos "elementos indesejáveis", por conta de uma certa
"estabilização de expectativas na idéia de que só some quem faz
besteira". Ficando clara a presença da conotação de extermínio através
da organização de grupos de segurança, uma moral que repudia o uso e o
tráfico de drogas ilícitos expulsa o tráfico e lança mão a suposta
"restauração da paz".

According to a survey realized in poor communities, [groups of poor
residents] give us to understand that coercion, threats and extortion
are part of the activities of such groups, which are also known as
cangaceiros, conveying a positive connotation tying them to the
preservation of public order. These interviews with residents conclude
that the community approves of summary executions and expulsion of
"undesirable elements," because of a certain "stabilization of
expectations around the idea that the only ones who disappear are the
troublemakers." There is a clear connotation of summary execution
carried out by these security groups, and a morality that repudiates
the use or sale of drugs underwrites the explusion of the traffic and
a supposed "restoration of peace."

Observa-se que as comunidades carentes vêm se organizando através
das Associações de Moradores, dada a ausência do Estado, monopolizando
a prevenção de litígios e gerenciando uma organização fundiária
paralela ao Direito Estatal. Essa ordenação paralela encontra-se
através de instrumentos de coação.

It is observed that poor communities have been organizing themselves
through associations of residents, in response to the absence of the
State, monopolizing conflict prevention and managing a financial
structure parallel to but outside the formal rule of law. This
parallel organization is established through method of coercion.

Os grupos particulares que "oferecem" segurança, as organizações
empresariais que exploram a "segurança privada", atividade que o
Brasil é autorizada por Lei Federal, para transporte de valores,
proteção de instituições financeiras e pessoas físicas ( Lei
7.102/83). A segurança por grupos privados ou "comunitários" quebra o
monopólio estatal do uso da violência, representando a incapacidade do
Estado de exercer um controle social efetivo. As regras impostas pelos
integrantes de grupos organizados são conflitivas com o ordenamento
jurídico brasileiro e encobrem a forma de costumes internalizados de
forma mitificada, ações criminosas.

Private groups that "offer" security services are business
organizations that operate "private security," which is legal under
federal law in Brazil, in the transportation of valuables and the
protection of financial institutions and persons (Law 7,012/83).
Security offered by private or "community" groups breaks the monopoly
of the state on the [legitimate] use of violence and represents the
State's failure to exercise effective social control. The rules
imposed by organized armed groups conflict with the Brazilian legal
order and cover up criminal activities by presenting them in the form
of internal customs that have been mythified.

LEGITIMIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO

Legitimacy of public service

Os conflitos ocorridos em todo território ilustram mais um
capítulo de uma crise que vem intensificando ao longo dos anos.

The conflicts that are taking place all over Brazil represent one more
chapter in a crisis that has intensified over the years.

Não é de hoje que o medo de sair pelas ruas e ser alvejado por
projétil perdido ou de ser abordado em falsa blitz policiais, torna-se
parte da rotina dos habitantes. A ausência de ações públicas eficazes
confirma a fragilidade do sistema de segurança e vivem em permanente
estado de guerra, como Bagdá. As soluções são todas de médio e longo
prazo: Passam por problemas policiais, sociais e econômicos.

There is nothing new about the fear of going into the street and being
struck by a stray bullet, or being targeted by a phony police raid. It
is part of the daily routine of inhabitants. The lack of effective
public action confirms the weakness of the public safety system and
people live in a permanent state of war, as in Baghdad. The solutions
are of a medium- to long-term nature: These become law enforcement,
social and economic issues.

"As grandes capitais brasileiras possuem índices altos de
violências, mas o Rio de Janeiro destaca-se nas estatísticas, o que
contribui para que o problema do tráfico de drogas, sobretudo no
momento em que o Governo decide enfrenta - lo de qualquer maneira,
aparentemente sem planejamento, ao invadir as comunidades carentes em
verdadeiras operações de guerra".

"All major Brazilian cities have high rates of violence, but Rio de
Janeiro stands out in the statistics, which contributes to the fact
that the drug traffic, especially at the moment the government decides
to confront it haphazardly and apparently without planning, when it
invades poor communities in what are literally wartime operations."

Recife's murder rate is actually significantly higher that Rio's, I
thought I read recently. State action against death squads in the
Northeastern state of Pernambuco, however, continues apace, with new
arrests in the last week or so. This is quite an interesting — and
encouraging — story.

Dados do IBGE comprovam a liderança do Rio no ponto de Estado mais
violento para os jovens. De acordo com as estatísticas do Instituto,
para cada 100 mil jovens entre 15 aos 24 anos, a média é de 181,6
homicídios no Estado do Rio. Na Capital, só 70 homicídios para cada
100 mil habitantes entre 15 e 24 anos.

Data from IBGE prove that Rio is the most violent state for young
persons, with a homicide rate of 181.6 per 100,000 among young persons
15 to 24 on average, statewide. In the capital city, only 70 homicides
per 100,000 in that age cohort.

Outros indicadores formadores de pesquisa sustentam que a polícia
do Rio mata duas vezes mais do que as polícias de todos os Estados
Americanos.

Other significant indicators from that study show that the Rio police
kill two times more than all the police in the entire United States.

Está provado que o combate manu militari não produz eficiência. As
autoridades não produzem investimentos necessários e as autoridades
não produzem investimentos necessários e em um ato de sufocação querem
resolver os problemas de uma só vez.

It is proven that combating crime in a military mode does not produce
efficiency. The authorities do not provide the necessary investments …
and wish to resolve all the problems in one fell swoop in an act of
suffocation.

A solução para o conter a criminalidade observa-se que só será
possível a longuíssimo prazo; com o compromisso de o Governo criar
oportunidade de trabalho para juventude. Em determinada faixa etária,
há mais jovens empregados no tráfico de drogas, do que na economia
formal no Rio de Janeiro. Entende-se que a simples militarização não
resolverá o problema da segurança, que é uma questão de todos e
resposta da sociedade civil que faz reflexão ao passo da
descriminalização das drogas, rediscutindo os valores sociais,
analisando os motivos que levam o indivíduo a usar entorpecentes.

The solution to controlling criminality, it is observed, will only be
possible in the very long term; with a commitment by the government to
create employment opportunity for youth. In a given age bracket, there
are more young persons employed by the drug traffic than by the formal
economy in Rio de Janeiro. It is understand that mere militarization
will not solve the public safety problem, which is an issue involving
everyone and a response by civil society that is reflecting on taking
the step of decriminalizing drugs, redefining social values, analyzing
the reasons that lead invidividuals to use narcotics.

Compreende-se que a contribuição da Constituição de 1988, não
obstante as várias modificações que sofreu e que ainda tem sofrido, é
precipuamente, um marco emancipatório e também símbolo de uma nova
cultura democrática. Neste sentido tem sido muito exitosa,
demonstrando que ainda não alcançou a plenitude da sua normatividade,
tanto por omissão do Legislativo essencial a efetividade plena da
Constituição, quanto pela omissão do Executivo na adoção de políticas
públicas voltadas à implementação dos direitos sociais e pela timidez
do Poder Judiciário que não se conscientizou da importância do seu
papel como Instituição da Constituição na construção de uma sociedade
justa.

[tktktktkk]

As suas inovações trouxeram diversos benefícios para a sociedade,
mas sua aplicação precisa melhorar, parte da sociedade não tem
conhecimento dos próprios direitos ou sabe o que representa a Lei
Maior do País.

[tktktktkk]

INOPERANCIA DA POLÍTICA PÚBLICA, SURGE UMA ECONOMIA DA SEGURANÇA

[tktktktkk]

Verdadeiros agrupamentos paramilitares mantidos e gerenciados por
militares policiais militares, civis e até integrantes do Corpo de
Bombeiro Militar nasceram com o intuito de proteger comunidades
dominadas por narcotraficantes, mas passam a cobrar uma "taxa" pelo
serviço prestado. Evidentemente praticam extorsão de comerciantes
locais, controlando a venda de gás e o transporte alternativo,
expulsão famílias e loteiam terras invadidas. Transformados em burgos
medievais, com símbolos pintados identificando os donos do Poder Local
com toque de recolher, porque será que os milicianos se interessam por
essa atividade dentro das comunidades carentes?

[tktktktkk]

A resposta é simples. Mercado e lucro, os integrantes ganham mais
nessa atividade do que em outros. Um mercado de trabalho que só o
lucro salva. As políticas que estão sendo praticadas são acessórios do
neoliberalismo, quando não se tem um projeto de protagonismo para o
povo, o que se procura é conter as massas dessa forma. A adoção
integral não só do modelo econômico e social, mas também de suas
políticas de segurança públicas de criminalização e o extermínio dos
pobres para manter as hierarquias sociais.

[tktktktkk]

No Processo Penal a falta de citação, quando não tenha sido sanada
pelo comparecimento do réu, gera nulidade absoluta do processo e
poderá ser argüido por meio de habeas corpus e revisão criminal
(artigo 648, VI e 621, I do Código de Processo Penal).

[tktktktkk]

Diferentemente do que ocorre no Direito Processual Civil, o réu
não poderá ficar sem defesa técnica substancial, ainda que revel,
artigos (261c/c 497, V ). A falta de defesa constitui nulidade
absoluta do processo artigos (564, III, C, Código Processo Penal ),
mas a defesa deficiente só se anulará se houver prova de prejuízo para
o réu, de acordo com a Súmula 523 do Superior Tribunal Federal.

[tktktktkk]

O Inquérito Policial, por ser procedimento administrativo e não
processo de caráter inquisitório e destinado a possibilitar o
oferecimento da denúncia ou queixa, não está sujeito ao contraditório.
Porém as provas colhidas durante o Inquérito terão que se submeter ao
crivo do contraditório na fase da Instrução Criminal. O chamado
contraditório diferido, retardando ou postergado no tempo.

[tktktktkk]

Outro exemplo de contraditório diferido é a interceptação de
comunicações telefônicas (Lei 9.296/96) medida de natureza cautelar
preparatória da ação penal, concedida inaudita altera parte, para que
não haja risco de se ter frustrada a colheita de provas.

[tktktktkk]

É pacífico na doutrina e jurisprudência que o juiz não poderá
fundamentar decisão condenatória baseando-se exclusivamente nas provas
produzidas na fase policial, essas provas deverão ser confirmadas em
juízo e analisadas em conjunto com outros. Caso o Ministério Público
queira acrescentar fatos, sujeitos ou elementos novos à denúncia,
obrigatório será o aditamento, que visa a proteger o princípio da
congruência (correlação entre acusação e sentença) como também o da
ampla defesa e do contraditório, a defesa tem direito de tomar ciência
e de se manifestar sobre cada novidade surgida no processo.

[tktktktkk]

O fundamento jurídico na segurança, no que tange ao direito de
revisibilidade das partes diante de uma decisão judicial que
considerarem injusta ou incorreta, o controle interno da legalidade e
da justiça nas decisões exercidas por órgãos da jurisdição diversos
daquele que julgou em primeiro grau, o reexame evita uma decisão
judicial de caráter monocrático, único e conseqüentemente com maior
margem de erro, que encontra respaldo também no princípio da certeza
jurídica com a aplicação do grau. Tendo direito à apreciação da causa
por um tribunal composto por vários magistrados.

[tktktktkk]

A doutrina chama de supressão do segundo grau de jurisdição, nas
causas decididas em única instância pelos tribunais.

[tktktktkk]

A constitucionalidade do duplo grau, faz chegar a conclusão de que
o princípio não é absoluto.

[tktktktkk]

A segunda corrente encontra bases para o princípio do duplo grau
em leis ordinárias, não admitindo status de garantia constitucional ao
duplo grau , em face da ausência expressa de previsão na Carta Magma.

[tktktktkk]

A insatisfação da parte e a familiaridade do juiz são aspectos
criticados pela segunda corrente, pois mesmo um órgão composto por
mais de uma pessoa é passível de erros. Quem pode garantir que a
decisão de primeira instância não é a mais acertada? O Tribunal pode
não reformar a decisão do juízo a quo, restando o recurso inútil e
ofensivo à celebridade; caso a decisão do juiz seja modificada gerará
divergência e desprestígio da decisões monocráticas, incerteza nas
relações jurídicas.

[tktktktkk]

A explicação para a sensível diminuição de criminalidade em países
Europeus, esclarece que não só o número de homicídios caiu, mas também
o de outros crimes violentos. Não há mágica aplicável a todos os
países , ou seja, o que é bom para os Estados Unidos da América pode
não ser bom para os países Europeus.

[tktktktkk]

Há exatamente no sentido de uma forte sedução da violência no
período em que as mesmas considerações devem ser feitas no que
concerne a "violência" do sistema repressivo.

[tktktktkk]

ENCARCERAMENTO DA MÍDIA

[tktktktkk]

Contrariamente à opinião, o Rio de Janeiro tem investido bastante
na segurança pública. José Alexandre Scheinkman, um dos raros
economistas brasileiros de primeiro plano que tem refletido o tema,
mostra que a despesa per capita com a segurança pública no Rio é maior
que a de São Paulo ou de Minas Gerais.

Contrary to popular opinion, Rio has invested quite a lot in public
safety. Scheinkman, one of the few first-rate Brazilian economists to
reflect on the topic, shows that the per-capita expenditure on public
safety in Rio is higher than in São Paulo or in Minas.

Somewhat more than not very much is not necessarily a lot, or enough,
in absolute terms, of course.

Segundo ele o problema da qualidade da polícia fluminense também
não surgiu da noite para o dia, mas é conseqüência de uma série de
desgovernos que culminou com a inédita combinação de populismo e
incompetência.

[tktktktkk]

O problema da criminalidade , cujos ônus podem ser qualificados e
transformados em dólar , entra pouco em conta quando o patronato cobra
medidas do Governo. A reação mais dura contra este tipo de atitude
apresenta-se quando pesadas críticas contra burguesia, taxa a
exploração de serviçais e não quer pagar a conta da miséria que se
esmerou em criar uma crise social os conflitos tem espocado mundo
afora, não houve nenhum étnico ou religioso, nem guerra civil ou
catástrofe natural que servisse de suporte à insurreição, os conflitos
do século XXI demonstram uma grande insurreição criminosa gerada numa
megalópole.

[tktktktkk]

PERIGO NA SEGURANÇA

[tktktktkk]

A precariedade da cultura política dos policiais, por falta de
sindicalização, as condições de trabalho, o regime disciplinar, a
privatização da segurança pública por meio da armadilha do segundo
emprego, as organizações militares sendo o último núcleo de Poder de
Estado a salvaguardar a Ordem Democrática e os valores do livre
mercado, ainda que de forma precária e claudicante, a simples
proposição desse ideário em um jornal de circulação nacional mostra a
desenvoltura com que as esquerdas estão fazendo a sua ação política.

[tktktktkk]

Na definição de critérios de justiça que possam ir ao encontro das
desigualdades sociais existentes no Brasil, burlar a divisão de
Poderes da Constituição, como poderiam os juízes julgar e intervir com
reconhecida segurança jurídica nas estruturas arraigadas de segregação
social, relacionadas ao mundo do trabalho e as minorias sociais.
Isenção seria uma forma de responsabilidade de julgamento que parta
numa análise de busca a relação que se dá entre as localidades e a
difusão de valores. O Poder Público celebra contrato com particulares
mantendo em funcionamento os órgãos públicos legalmente incumbidos da
execução dos mesmos serviços e continuando arcar com as despesas
decorrentes de sua existência.

[tktktktkk]

Evidentemente , além do prejuízo ao patrimônio público, tais ações
criminosas acarretam prejuízos para administração. Podendo-se estar
assistindo ao surgimento de um novo tipo de pluralismo juspolítico,
não aquele originário das práticas sociais dos excluídos, mas um Poder
verdadeiramente paralelo.

[tktktktkk]

A privatização da segurança pública e a exploração econômica do
medo. Inexoravelmente, terminam em relação mafiosas.

The privatization of public security [is] the economic exploration of
fear, and inevitably leads to mafia-style social relations.

CONCLUSÃO

Conclusion

A palavra milícia parece uma denominação de um amplo e difuso
fenômeno para qual o termo de "grupo de extermínio" parece
deliberadamente favorável, como criado para ganhar legitimidade.

The term "militia" seems to be a term calculated to provide legitimacy
to the widespread phenonomenon known as the "death squad."

Essa nova categoria apresenta uma organização nascida dos próprios
moradores com finalidade de proteção.

[tktktktk]

Algumas autoridades públicas têm defendido essa estrutura como
grupo de auto-defesa.

[tktktktk]

A filiação como agentes do Estado serve para reclamar uma certa
legitimidade oficial, mesmo que parcial, de forma a se apresentar como
uma "ordem do bem" oposta ao mal anteriormente reinante, ao tempo que
podem arregimentar o apoio logístico e estratégico da polícia para
suas intervenções.

[tktktktk]

A qualidade de funcionário público contribui para a impunidade das
ações, que impedem os moradores, como denunciar os policiais das
"milícias" numa delegacia? Se esses agentes agem de forma privada
permitindo – lhes não ter que se submeter ao controle formal do Estado
e exercer a força, se preciso de forma ilegal.

[tktktktk]

Esses grupos buscam um lucro privado decorrente da função que
exercem, que deverá, ser originado em cobranças, taxas ou pedágios.

[tktktktk]

Com magros salários, essa natureza irregular permite exigir
pagamentos privados como mais um exemplo do sucateamento e
privatização da segurança pública.

[tktktktk]
BIBLIOGRAFIA:

Alves, José Cláudio Souza. Dos Barões ao Extermínio: Uma História da
violência na Baixada Fluminense. APPH-CLIO: Duque de Caxias, 2003.

BALTAZAR JUNIOR, José Paulo. Sentença Penal. Porto Alegre: Verbo
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BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo:
Saraiva, 2007.

BURGOS, Marcelo Baumann (org.). A utopia da comunidade. Brasília: UNB,
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CANOTILHO, J.J. Gomes; Moreira Vital. Constituição da República
Portuguesa anotada < / i >, v. 1.4. ed. Coimbra/S.P: Coimbra editora /
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COSTA JUNIOR, Paulo José da. Nexo Causal. 4ª ed. Ver. E atual. São
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CUNHA, Martin Vasques da. Como se manter íntegro em um mundo
corrompido? São Paulo: Campinas, 2007.

FARIA, José Eduardo. O Direito na Economia Globalizada. São Paulo:
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FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. 16ª ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2003.

GUIMARÃES, Marcello Ovídio Lopes (coord.) Nova Lei Antidrogas
Comentada, São Paulo: Quatier Latin, 2007.

HORTA, Frederico Gomes de Almeida. Do concurso aparente de normas
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ROBALDO, José Carlos de Oliveira. Penas e Medidas Alternativas:
Reflexões Político – Criminais, São Paulo: Editora Juarez de Oliveira,
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SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo – 18ª
ed. São Paulo: Malheiros, 2000.

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u129287.shtml
12/12/2006 - 09h48
Milícia de policiais assedia área nobre do Rio
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SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio

Milícias formadas por policiais, ex-policiais, bombeiros, agentes
penitenciários e militares já expulsaram traficantes de comunidades
pobres das zona oeste e norte, invadiram e ocuparam 3 das 17 favelas
do complexo da Maré (zona norte), começaram a fechar ruas nos
subúrbios e agora chegam à zona sul do Rio de Janeiro.

Semanas atrás, síndicos de 45 edifícios do Leme (extremidade esquerda
de Copacabana) receberam por escrito a proposta de adotar um esquema
de proteção 24 horas por dia.

A proposta, assinada por um sargento aposentado da Polícia Militar,
oferece segurança (seis agentes por turno de seis horas) em quatro
ruas próximas à favela do Chapéu Mangueira.
Ricardo Moraes/Folha Imagem
Adesivo alusivo ao Batman, símbolo usado por milícia de policiais na
zona oeste do Rio
Adesivo alusivo ao Batman, símbolo usado por milícia de policiais na
zona oeste do Rio


O motivo da oferta, de acordo com o documento, é "o grande índice de
criminalidade" na área. O policial cita os crimes cometidos: "furto,
roubo, tráfico e uso de entorpecentes".

O sargento estipulava o dia 28 passado como data-limite para a
aprovação da proposta. Só então diria aos "clientes" o preço da taxa
de segurança. Mesmo assim, já estipulava a data do pagamento: entre os
dias 15 e 19 de cada mês.

Após consultar condôminos, os síndicos recusaram a proposta e
denunciaram o policial, que está sendo investigado pela corporação.
Embora aposentado, o sargento trabalha no serviço interno do 9º
Batalhão, em Rocha Miranda (zona norte).

Cabe a essa unidade patrulhar parte de Jacarepaguá (zona oeste),
região que é uma espécie de paraíso das milícias, onde controlam todas
as favelas, exceto Cidade de Deus.

A ação miliciana na zona oeste começou no fim dos anos 70 na favela
Rio das Pedras, perto da Barra da Tijuca, a primeira a ter o tráfico
expulso. Em troca era cobrada taxa de segurança. A prática se espalhou
na região e hoje as milícias substituem o tráfico. Nas zonas norte e
oeste, milicianos cobram de moradores e comerciantes por segurança,
pelo uso dos serviços de transporte alternativo (van, Kombi,
mototáxi), por botijão de gás e pelas ligações clandestinas de TV a
cabo, o "gatonet".

Para se estabelecer, a milícia tem representantes nas comunidades,
geralmente policiais que moram lá. Com a ocupação, chegam outros
milicianos. Os traficantes são ou mortos ou expulsos, segundo relatos.

Assim como o tráfico, a milícia usa o assistencialismo como meio de
angariar a simpatia do morador. Nesse final de ano, nas comunidades do
Quitungo e Guaporé (zona norte), a milícia anunciou que distribuirá
cestas de alimentos no Natal e brinquedos para as crianças.

Conquistados recentemente, a favela do Quitungo e o conjunto Guaporé
são conhecidos no subúrbio pela presença ostensiva do grupo miliciano
autodenominado "Os Galáticos".
Seus integrantes são policiais e ex-policiais que moravam na área,
aproveitaram o enfraquecimento do tráfico para se impor, convidaram
colegas com experiência de ações semelhantes em outras áreas e
dizimaram os criminosos.

Na região, o comentário é que pelo menos 20 rapazes envolvidos com o
tráfico desapareceram. A polícia não confirma; diz que não há registro
oficial de desaparecimentos e que nada está sendo investigado.

Na região de Campo Grande, na zona oeste, um outro grupo miliciano se
destaca. Eles são conhecidos com "Os Justiceiros". Seu símbolo é o
Batman. Os membros da milícia costumam vestir roupas com a estampa do
personagem.

Nos carros, pregam adesivos também alusivos ao super-herói. O chefe da
milícia, de acordo com os moradores, tem um apelido na região: Mata
Rindo; é um policial civil.

Outro lado

Para a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, investigações
não concluíram pela existência das milícias. O secretário do governo
Rosinha Matheus (PMDB), Roberto Precioso, não quis falar. A pasta
disse, em nota, que "averiguações abertas não encontraram provas que
confirmassem denúncias de que policiais integrariam as ditas "milícias'".

Diz a nota que duas averiguações e uma sindicância da Polícia Militar
não reuniram "provas materiais ou testemunhais de envolvimento de PMs".

Na Polícia Civil, há "investigação em andamento que apura suposta
participação de agentes lotados numa delegacia da zona norte". "Face à
gravidade do assunto, as duas corregedorias estão orientadas a acolher
e investigar, com todo o rigor, o surgimento de novas denúncias."

O comando do batalhão de Jacarepaguá foi proibido de falar. O
porta-voz da PM, tenente-coronel Aristeu Tavares, disse que "quem tem
a competência constitucional para apurar delitos de natureza comum é a
Polícia Judiciária [Civil]. Cabe à autoridade de Polícia Judiciária
Militar apurar delitos de natureza militar, o que não é o caso
solicitado."

O comandante do 18º batalhão, tenente-coronel César Lima, disse que
não é errado policiais que moram em favela expulsarem traficantes em
autodefesa.


http://conjunturacriminal.blogspot.com/
Quarta-feira, Julho 04, 2007

Política de enfrentamento no Rio de Janeiro: de quem?

Política de enfrentamento: de quem?

A mídia fala da política de enfrentamento do governo de Sérgio Cabral.
Há uma divisão entre os especialistas, mas a ampla maioria parece ser
contrária ao enfrentamento. Gostaria de trazer algumas perspectivas
para olhar essa questão.

A leitura das críticas revela a percepção de que o único enfrentamento
possível é da parte do governo. Será que o tráfico não pode ter,
também, uma política de enfrentamento? Diante da presença licial, o
tráfico tem opções: pode sair e voltar, se esconder e voltar, como
muitos grupos fizeram tradicionalmente durante décadas. Voltaram horas
ou dias depois da efêmera ocupação pela polícia. Governadores entraram
e saíram e esse comportamento atravessou seus mandatos. Há, agora, um
comportamento diferente da parte do tráfico. Pode ser um comportamento
localizado, sobretudo no Complexo do Alemão.

Por quê? Uma explicação favorável ao governo do estado seria a de que
a política de segurança "agora é para aler". As "ocupações" seriam de
maior duração. Outra explicação relacionaria essa mudança no
comportamento dos traficantes ao crescimento das milícias.Ou seja, a
ameaça ao tráfico seria real, visível, e não viria somente

da parte da polícia, mas da "parapolícia" também. As duas explicações
não são incompatíveis — em verdade, se complementam.

O governo afirma que a população apoia o enfrentamento. Será? Como bem
afirmou Ignácio Cano, não há prova disso. Nem há prova de que não
apoia. Simplesmente, não sabemos. Não há como saber, om facilidade, se
a população das áreas afetadas apoia o enfrentamento (por parte da
polícia). Não há condições para realizar pesquisas de opinião nelas;
mas há como saber se a população das demais áreas apoia ou não o
enfrentamento. Requer pesquisa de campo. E factível, mas não foi feita.

O tráfico construiu barreiras à entrada da polícia, que respondeu
levando equipamento para demolir as barreiras e foi recebida a tiros.
A Força Nacional também foi recebida a bala. O que fazer? Um
comportamento prudente seria retirar a polícia e deixar que o
território continue nas mãos do tráfico. Isso é o equivalente a
reconhecer que o território foi ocupado e está fora da jurisdição do
Estado brasileiro — certamente fora da jurisdição do Estado do Rio de
Janeiro. É uma posição realista, porque é o que acontece. Nem o Brasil
nem o Estado do Rio de Janeiro tem jurisdição de fato sobre essas
áreas. No papel, sim, na realidade, não. Levando esse absurdo mais
adiante, poderíamos pensar no governador Sérgio Cabral enviando um
ofício ao comandante do tráfico, solicitando permissão para realizar
uma operação em seu território.

Tem mais: atos de terrorismo não são propriedade privada de estados,
de grupos políticos e de fanáticos religiosos. Nada impede que outros
grupos o façam, inclusive de criminosos. Na Colômbia, os grupos
revolucionários e os paramilitares se vincularam a traficantes para
financiar suas operações. A máfia, tanto na Itália quanto junos
Estados Unidos, realizou operações que atingiram jornalistas juízes,
políticos e outros.

Os jogos pan-americanos estão por começar. Ações terroristas durante
os jogos são uma possibilidade devastadora, humilhante para a imagem e
a realidade do país. O complexo do Alemão está na rota de vôo do Galeão.

Muitos de nossos especialistas têm um ranço parcialmente justificado
com a polícia, que se originou na ditadura. Não há dúvida de que as
polícias militares e civis deixam muito a desejar país afora,
inclusive no Rio de Janeiro. A banda virtuosa da polícia foi a
primeira a se irritar com a banda podre, que avacalhou a imagem da
corporação. Fala-se que há punições e expulsões — há. Seria,
praticamente, uma por dia. Parece muito, mas não é. Em um ano seria,
aproximadamente, 1% do total da PM. Morosidade decisória e processual,
combinada com corporativismo, explicariam o porquê. Porém, em alguns
analistas, a hostilidade à polícia virou ato reflexo,
estímulo-resposta. Sem interpretação, sem processamento, nada. São
contra a polícia e as políticas públicas das secretarias de segurança
e pronto! Essa postura é ajudada pela idéia de que a pobreza exime
qualquer bandido de culpa e de responsabilidade.

A crítica a políticas públicas é muito mais fácil do que a formulação
e execução dessas políticas. Se as políticas criticadas derem certo, é
só ficar na moita, calar. Quando as políticas criticadas dão certo,
ninguém busca os críticos para colocá-los na ribalta, para a cobrança,
para a denúncia do erro. Não há accountability da crítica, ela não
responde a ninguém, o que pode torná-la destrutiva e irresponsável.

Este é um momento que exige o melhor de todos nós. Temos que ser
efetivamente analíticos e despidos de preconceito.

GLÁUCIO ARY DILLON SOARES

publicado no Correio Braziliense, quinta-feira, 28 de junho de 2007

http://conjunturacriminal.blogspot.com/2006/12/milcias-no-rio-de-janeiro.html
Sexta-feira, Dezembro 29, 2006

Milícias no Rio de Janeiro
As milícias voltaram ao noticiário como possível alvo dos ataques do
tráfico nos dias finais de dezembro. A localização de alguns dos
ataques diretos a delegacias e postos assim o sugere, mas a promessa
de "rio de sangue", assim como outras ações, sugerem algo mais amplo.

As milícias são tentadoras, na medida em que a Segurança Pública
falha, há crime e há medo. Não é um fenômeno do Rio de Janeiro, nem
brasileiro, mas existem (ou existiram) em muitos lugares do mundo. O
crime, o medo e o fracasso da segurança pública legal, institucional,
são condições necessárias. Tanto as milícias, quanto formas legais de
segurança privada precisam delas.

Muitos, fora das favelas, estão inclinados a apoiá-las, chamando-as de
"polícia mineira".

Porém, as principais questões precisam ser respondidas:

elas afastam o tráfico ou substituem o tráfico?
se substituem, em outros ramos, no mesmo, ou combinação deles?

As milícias cobram taxas, monopolizam a distribuição de gás, cobram
pelo "gatonet" (pelo qual não pagam) e desempenham outras atividades
ilegais.

Como desalojaram o tráfico? Aí não há como fugir à relação incestuosa
entre polícia e milícia. Não é por acaso que as instalações policiais
de áreas estejam próximas a favelas de onde o tráfico foi desalojado.

Se a experiência de outros países fôr aplicável, as milícias poderão
se transformar num seríissimo problema de segurança pública.

Marcadores: ataques do tráfico, homicídios no rio de janeiro,
milícias, polícia

# posted by Gláucio Ary Dillon Soares @ 10:46 AM
Comments:
Boa tarde.
É óbvio que as milicias tem como integrantes policiais civis e
militares além de alguns bombeiros, é sabido que os mesmos estão
macumunados com banqueiros de jogo do bicho marginais e traficantes,
haja visto que nenhum apontador do jogo do bicho sofreu algum arranhão
por parte de milicias e de nenhum traficante de drogas, depois que se
descobriu que ex-chefe de policia do RJ foi descoberto envolvido com
marginais e traficantes banqueiros de jogo do bicho e foi feita uma
denuncia junto a (CGU) Corregedoria Geral Unificada em 2006 de que
existe uma quadrilha gigante traficando armas, drogas e componentes
eletrônicos para maquinas de video-bingos, agindo ha anos no interior
de Teresópolis sendo comandada por banqueiro de jogo do bicho e
ex-prefeito da cidade e Tenente-Coronel responsavel pelas estradas do
RJ; o trafico de drogas tomou um grande baque no RJ.
Fica claro que enquanto esses marginais disfaçados de policiais e
prefeito de cidade, a marginalidade vai continuar imperando no RJ.
O cidadão tem que tomar as devidas providencias para que possamos ter
a tranquilidade de voltar-mos a andar nas ruas do RJ.
Temos que criar milicias para limpar o RJ desses marginais, digo
banqueiro de jogo do bicho e policiais corruptos vagabundos, senão
estaremos correndo atraz do rabo como um cachorro.
"BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO"
Façam a sua parte.
Atenciosamente.
Caldeira
# posted by Caldeira : 11:47 AM

Quem não está satisfeito com a ação das milícias, com certeza tem
alguma participação e/ou contribuição do tráfico de drogas imposto por
marginais nas favelas, tendo em vista que esses "milicianos" não só
espulsam, como também acabam com o IMPÉRIO do tráfico nas favelas e
comunidades carentes do RJ, como podem esses homens serem vistos como
marginais. Entendam que eles são policiais que não aguentam e não
admitem mais a humilhação que passam, não têm mais o direito de ir e
vir como cidadãos comuns, por isso decidiram tomar uma atitude, a qual
como policiais identificados não podem fazê-lo, com suas rédeas
tomadas por comandantes, oficiais e políticos, com "rabo-preso" com
esses traficantes, os verdadeiros MARGINAIS!!! Deixem a polícia
trabalhar...
# posted by Anônimo : 1:12 PM

acho que "marginais" temos em todos os lugares em brasília temos os de
gravatas "subversivos",que dizem que vivemos uma democracia,e deixou
as comunidades sob a ditadura dos traficantes,entendo que se
convivemos há anos com esse problema,menos pior viver com as milícias
é um mal necessário para conter a violência no estado.

eles são os revolucionários do século 21.
# posted by Anônimo : 9:39 AM

bem que estes que são contras as milícias podiam um dia colocar uma
farda e serem metralhados dentro de uma patrulha,como vinha
acontecendo aqui no rio,o mal tinha de ser cortado na raiz,fazer que
eles se desestruturem caros amigos,se é assim que quem esta do lado do
mal pode ser chamado.

e acreditem o rio dará exemplo para que isso se expanda a começar por
são paulo que já devia estar a frente do rio em relação as milícias.
# posted by Anônimo : 9:43 AM

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